José Brum

Ogum, orixá regente de 2015
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Como o próximo ano será regido por Ogum, conheceremos um pouco desse Orixá e na próxima edição completaremos com as previsões para 2015.

Ogum é uma divindade da cultura Iorubá, região onde localiza-se hoje a Nigéria nos domínios de Obéocutá. Seu culto era essencialmente agrário, como ainda o é, é a divindade do ferro, quem produz as ferramentas necessárias ao cultivo. Nesta Região, poucos são os que dominam a arte de fundir e moldar o ferro de forma manual. Por isso, todos que dominam esta técnica são considerados protegidos de Ogum.

Na África, a organização teológica funciona de modo diferente à forma como se desenvolve a religiosidade afro no Brasil. Lá, as pessoas acreditam que a divindade Iorubá é um ancestral comum aos moradores da tribo, cidade, ou etnia e não como uma divindade, como o é no Brasil.

No caso, grande parte das pessoas que praticam as religiões “tradicionais” da região de Obéocutá, acreditam que Ogum seria seu ancestral divinizado. Quanto ao mito, Ogum é lembrado como conquistador e caçador, como quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo.

Contudo, no Brasil seu mito muda de aspecto, devido a lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contemplar seus anseios, buscando se livrar dos castigos dos seus senhores, passavam então a privilegiar o aspecto guerreiro e violento da divindade.

Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução. Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.

É considerado protetor dos policiais, ferreiros, escultores, e dos guerreiros.

Santo correspondente na Igreja Católica: São Jorge no RJ, SP, RS; Santo Antônio BA. Cores predominantes das guias: Vermelho na Umbanda, sendo que na Umbanda do RS muitos terreiros utilizam o verde, vermelho e branco. Entretanto, as cores são determinadas pelo guia e conforme o reino em que trabalham e para qual Orixás.

 

Meu fraterno abraço!

Babalorixá José de Xangô