Hospitais da região têm 44 leitos de UTI aptos a atender pacientes de coronavírus

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Foto: Gabriel Haesbaert/arquivo/Diário


 

Foto: Gabriel Haesbaert/arquivo/Diário

 

A preocupação com a estrutura dos hospitais para atender pacientes contaminados com o novo coronavírus em estado grave vem mobilizando gestores das principais cidades da Região Central.

Hoje existem 44 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) aptos a receber pacientes pela rede pública de saúde, com a expectativa de ampliação deste número (confira abaixo). Das cidades com leitos de UTI, quatro possuem hospitais inclusos no plano de contingenciamento do Estado: Santiago, Cruz Alta, Rosário do Sul e São Gabriel.

Segundo a diretora clínica do Hospital Santa Casa de São Gabriel, dra. Kátia Raposo Pereira, o estabelecimento de saúde tem cinco leitos de UTI reservados para pacientes com a Covid-19 que evoluírem para casos graves. Outros cinco leitos de UTI ficam reservados para o atendimento de pacientes em geral. Há, ainda, uma unidade de isolamento para pacientes em observação com a doença, com 10 leitos.

Por enquanto, Santiago tem 10 leitos de UTI habilitados, mas pode chegar a 15 na semana que vem. Na cidade, ainda se estuda a possibilidade de dobrar ou quadruplicar a capacidade de atendimento de pacientes graves adaptando os respiradores, a exemplo do que foi feito em Bento Gonçalves.

Em Rosário do Sul, existe a expectativa de ampliar o número de UTIs de 8 para 13 nos próximos dias. Os hospitais de Júlio de Castilhos e de Faxinal do Soturno, apesar de poderem receber pacientes, não estão no plano de contingência do Estado.

 

LEITOS DE ENFERMARIA

Além dos leitos de UTI, os hospitais da região estão elaborando planos de atendimento de leitos de enfermaria, para pacientes que não necessitam de UTI. Os quartos ficariam disponíveis para pacientes em estado intermediário, que necessitam de oxigenoterapia ou que estão em observação. Nestes seis hospitais, 41 são leitos de enfermaria, podendo ser ampliados.

Em Faxinal, 10 leitos de UTI estão equipados e só aguardam a habilitação do Ministério da Saúde para serem ofertados. O administrador do hospital, Flávio Stona, diz ainda que num primeiro momento cinco leitos normais estão reservados para acolher pacientes em estado intermediário, mas que os 54 leitos de enfermaria do Hospital de Caridade São Roque também podem ser colocados à disposição, caso haja necessidade.

“O hospital nunca teve lotação completa, por isso, é possível que ofertemos mais leitos normais”, explica.

O mesmo vem sendo considerado em Cruz Alta, segundo o diretor clínico do Hospital São Vicente de Paulo, Paulo Vieceli:

“Teremos uma unidade única de atendimento ao coronavírus, sendo uma ala de 10 leitos UTI e outra ala com 20 leitos que não precisam de tratamento Intensivo. Dependendo da demanda, pode ser usado todo hospital.”

 

NA REGIÃO

 

Estrutura dos leitos de UTI e enfermaria em hospitais SUS da região para atender ao Covid-19 até o momento

 

Cruz Alta (Hospital São Vicente de Paulo)

Leitos de UTI com respiradores: 10

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: 20

 

Faxinal do Soturno (Hospital de Caridade São Roque)

Leitos de UTI com respiradores: 10*

*Leitos equipados, só aguardam habilitação do Ministério da Saúde para receber pacientes

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: 5

 

Júlio de Castilhos (Hospital Bernardina Salles de Barros)

Leitos de UTI com respiradores: 1

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: 2

 

Rosário do Sul (Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora)

Leitos de UTI com respiradores: 8

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: sem previsão até o momento

 

Santiago (Grupo Hospitalar Santiago)

Leitos de UTI com respiradores: 10, mas semana que vem passa a contar com mais

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: 4

 

São Gabriel (Hospital Santa Casa de São Gabriel)

Leitos de UTI com respiradores: 5

Leitos para pacientes que não necessitam de tratamento intensivo: 10

 

 

Fonte: Diário de Santa Maria