História de servidor público de São Sepé mostra a importância da inclusão de pessoas com Síndrome de Down

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O dia 21 de março foi escolhido para marcar uma data especial e de muita importância para a sociedade: o dia internacional da Síndrome de Down. O dia simbólico tem tamanha notoriedade que foi instituído no calendário oficial das Organizações das Nações Unidas (ONU) como forma de trazer o tema para debate e, principalmente, alertar a população sobre a necessidade de inclusão das pessoas com a síndrome. E para mostrar como a integração destas pessoas é tão importante para as comunidades, a reportagem do Osepeense.com conta hoje a história de uma figura conhecida de São Sepé: o servidor público Marco Aurélio Ilha (Marquinho).

 


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O dia não começa no prédio administrativo da Prefeitura de São Sepé sem que Marquinho passe por todas as salas distribuindo beijos e abraços. É assim há cerca de 23 anos, período em que ele ocupa a função de “office boy” no poder executivo.

Os colegas dele lembram que no início as atividades eram mais limitadas, mas com o tempo Marco Aurélio foi aprendendo e compreendendo as funções de um órgão público. Hoje, executa diversas atividades e ainda encontra formas de brincar e se divertir com os amigos do trabalho.

Marquinho conta que faz todo tipo de serviço e diz que gosta de passar em todos os setores da prefeitura. “Faço serviços de rua, levo documentos para o banco, fórum e para as secretarias onde também tenho vários amigos”, diz.

E foi com o trabalho que Marquinho ganhou uma nova família. O costume de chamar os colegas de “compadre” e “comadre” se estendeu pelo corredores do executivo. “A gente trabalha junto aqui. Eu me sinto feliz porque todo mundo me trata bem e gosta de mim”, conta Marquinho que também faz questão de distribuir presentes aos colegas. Figuras e desenhos que estampam os murais de dezenas de salas da prefeitura.

Como bom gaúcho, Marquinho também não deixa de vestir, em alguns dias, as roupas características do estado. Também tem em seu íntimo admiração por artistas como Antônio Fagundes e Stênio Garcia. “Gosto também de dançar e tomar uma cervejinha. Quero deixar um abraço para todos os meus amigos”, finaliza Marquinho.

 


No site “movimentodown.org.br”, a definição sobre a síndrome deixa claro o tipo de comportamento: As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.

 

 

Fotos: reprodução

 

Guilherme Motta