Grupo quer diminuir casos de violência contra a mulher em São Sepé

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A representante do Coletivo de Mulheres pela Não Violência Contra a Mulher, Ana Paula Borges, ocupou a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, na noite de terça-feira, 1º, para divulgar o trabalho do grupo e pedir apoio do Poder Público.

O Coletivo planeja realizar ações de conscientização para diminuir os casos de agressão contra as mulheres, entre as ações está a elaboração de um mapa da violência contra a mulher em São Sepé. “Queremos pautar a prevenção e a informação”, esclareceu Ana Paula.

Os vereadores manifestaram apoio ao movimento. O vereador Renato Rosso (PP), que também é policial civil, disse que são registradas de 8 a 10 ocorrências de agressão à mulher por semana na Delegacia de São Sepé. Segundo ele, mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, as mulheres não têm amparo suficiente, pois a legislação não é eficaz. “O que se observa é que quando a denúncia chega ao Judiciário elas desistem da denúncia e o Judiciário aceita.

Além disso, a Medida Protetiva é fictícia, pois os policiais militares não têm como ficar vigiando o tempo todo quando a mulher retorna para casa”, explicou. Renato ainda disse que a maior parte dos casos têm relação com o uso de álcool ou outras drogas. Ele ainda aponta para o problema da dependência financeira e cultura patriarcal, que faz com que a mulher se sinta submissa em relação ao homem.

O vereador Gilvane Moreira (PP), que atua no movimento sindical, lembrou que São Sepé possui um grupo de mulheres trabalhadoras rurais que pode se engajar à mobilização. A vereadora Maria Ecilda Silveira (PP), que vem defendendo a reativação das associações de moradores nos bairros, sugeriu a aproximação do grupo junto às comunidades.

O vereador Paulo Nunes (PSB), membro da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara, também sugeriu que sejam realizadas ações do Coletivo em parceria com a Comissão e para que seja feito um cronograma anual de ações sobre o tema.

 

 

Fonte: A.I. Câmara de Vereadores