Grupo é investigado por fraude milionária no seguro DPVAT

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Foto: reprodução

 

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira, 12, a Operação Aleteia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com a base de atuação no Vale do Taquari, mas que também cometeu ilícitos em outros municípios do RS. O dano é de, pelo menos, R$ 5 milhões.

As ações do grupo visavam o cometimento de falsificação de documentos e estelionatos com falsificação de documentos, aliciamento de peritos, falsidade ideológica, registros de ocorrências inautênticos. Eles teriam estruturado um esquema para encaminhamento de pedidos irregulares de pagamento de seguros do DPVAT.

Com investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Lajeado e com apoio da Brigada Militar e das Delegacias de Polícia da 19ª DPR, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas dos acusados. Foram um ano e meio de investigações.

As investigações tiveram início com notícias-crime registradas pela Seguradora Líder e vinham sendo conduzidas pelo delegado Dinarte Marshall nos últimos dois anos.

Os policiais civis realizaram diligências, oitivas e busca por provas contra os envolvidos, culminando na identificação de seis grupos que agiam na região, sendo que a maioria interligados na prática dos estelionatos.

O advogado Tiago Luciano Amaral de Souza atua como Assistente de Acusação pela Seguradora Líder. Ele destaca a proporção dos danos a partir da ação dos criminosos.

“É uma fraude que não atinge isoladamente o consórcio de seguradoras que gere os fundos do DPVAT, já que 45% dos recursos arrecadados pelo tributo DPVAT são direcionados para o Sistema Único de Saúde. É um aporte gigantesco em benefício da coletividade. Essas fraudes atingem, prejudicam e causam prejuízos a toda sociedade. Foi uma operação policial muito bem estruturada e fundamentada; merece nosso total reconhecimento”, sublinhou.

Os policiais conseguiram provas de que laudos médicos foram adulterados para que a organização pudesse ganhar valores bem acima do que as reais lesões das vítimas. Em muitos casos as vítimas, sequer tinham se ferido em acidentes de trânsito. Além disso, carimbos e receituários médicos foram adulterados para burlar a segurança da seguradora, responsável pelo pagamento dos seguros DPVAT.

 

 

* Com informações Portal Arauto