Especial Jubilados: O office-boy que se tornou gerente de uma unidade da Cotrisel

0
154

leni e zeca

A história de José Antonio Roso Vieira, conhecido como Zeca, se narra com a trajetória da esposa dele e também colega de cooperativa, Leni Terezinha Dos Santos Vieira, a Leni. Foi na Cotrisel que Zeca conheceu Leni. Juntos construíram uma família, conquistaram amigos e completam 35 anos de cooperativa. De office-boy, Zeca hoje é gerente da Unidade de Formigueiro. Leni, que atuou como telefonista, hoje é tesoureira geral da empresa e atua no caixa e tesouraria.

A história de Zeca na cooperativa iniciou em 2 de maio de 1979, dia em que foi contratado. Para ele, de lá pra cá há uma bela história. “Entrei com 15 anos e pude participar de várias etapas da história da cooperativa, fiz a minha família aqui dentro. Foram 35 anos bem vividos, muitos amigos funcionários, associados, então é importante fazer parte desta equipe e desta história”, conta.

Na época, Zeca era office-boy na antiga DKAR Veículos e, nesse meio tempo, a cooperativa precisava de um office-boy. O então diretor na época, Luiz Sidnei Scherer, ia frequentemente aos bancos e em um sábado à tarde foi na casa de Zeca e o convidou para ir para a cooperativa. Então falou com o José Martin Leão na época e foi contratado. “E uma das coisas boas dessa história de vida foi que na época eu ganhava 420 cruzeiros da DKAR e fui para a cooperativa ganhando 1.500 cruzeiros. Então aquilo, já com 15 anos, foi uma alegria muito grande”, comenta.

“Comecei como office-boy, fazendo o serviço de banco que consequentemente sobrava tempo para fazer outras coisas no serviço administrativo. Sempre tive curiosidade, sempre tive o apoio de meus amigos, um deles é o Walmir, e que me ajudaram muito, eu como um “gurizão” da época. Com 18 anos eu já não era mais office-boy. Já atendia no balcão, depois passei por diversos setores como cobrança e pagamentos”, aponta.

 


A experiência na cooperativa

Zeca falou da experiência que teve durante os 35 anos de empresa. “Tive uma experiência muito boa, num campo novo na região de São Pedro, Cacequi e Mata. Na época foi pra lá, fiquei cinco anos nessa região, compramos bastante arroz, abrimos um mercado, tanto é que já temos duas unidades. Depois fui para a unidade de Formigueiro, fazem 17 anos que estou lá e quase me aposentando”, recorda.

Para Zeca, no geral, a cooperativa está num crescente muito bom. Segundo ele, nestes últimos anos a cooperativa muito sólida. “Nos últimos 14 anos eles dobraram uma coisa que é muito essencial, que é aquilo que nós precisamos, que é o produto, a nossa moeda: o grão. Duplicamos em todas as nossas unidades a capacidade de armazenagem e secagem para que pudéssemos dobrar nosso recebimento. E isso deu maior volume de produção, mais agilidade para o associado, terminando com as longas filas. Em Formigueiro temos uma indústria muito moderna e informatizada”, explica.

“Me sinto satisfeito, porque há 14 anos atrás nós éramos 40 funcionários e hoje já são mais de 100, então isso mostra o crescimento da produção, varejo, no departamento técnico, venda de insumos, e o conjunto de ações da direção junto com os colaboradores de Formigueiro que ajudaram a crescer o município e gerar emprego e renda”, completa.

Zeca preferiu não avaliar ainda o sentimento de quando se aposentar, mas já imagina que sentirá falta dos amigos, do contato dia a dia, do telefone, como uma grande família.

 


Leni, esposa de Zeca, também completa 35 anos de Cotrisel

Leni Terezinha Dos Santos Vieira ingressou na empresa em 2 de maio de 1979. Ela lembra que estava em casa e tinha saído do vestibular e estava um pouco triste. Foi quando Zezinho Leão e Dr. Jarbas a perguntaram se ela não queria ir lá, pois estavam inaugurando o prédio novo e precisavam de uma centrista, telefonista e recepcionista.

Como nunca tinha trabalhado, Leni pediu um tempo para pensar. Após pensar, foi até a cooperativa para trabalhar como telefonista e lembra que tudo era novidade e muito estranho. Passado um tempo, ela ingressou na contabilidade. Depois começou a lançar livros, atender no balcão, e lembra que haviam muitas notas de lã na época.

“O Paulo Leão lidava com a parte de pagamentos. Ele era uma pessoa maravilhosa, mas tinha uma gaveta, sem chave, e ali tinha talões de cheque, extrato de banco. Ele saía muito, viajava, e pediu para mim cuidar essa parte, mesmo sabendo da grande responsabilidade. Quando vi não estava mais no balcão e sim na parte de pagamentos atendendo os associados. Nessa parte tinha o caixa, que era do querido amigo tio Telo, e ele sempre muito agradável e carinhoso, eu era incentivada a permanecer no setor. Com o passar do tempo, comecei a aprender e fazer este serviço. Como ele se aposentou e em uma época esteve doente, assumi a função”, lembra.

Há cerca de 20 anos trabalhando na tesouraria da Cotrisel, Leni desempenha funções na parte de pagamentos. Até hoje utiliza a mesa do Telo e a máquina de escrever dele. São 35 anos de empresa completados em maio deste ano. Leni casou na época com Zeca, que conheceu ele na cooperativa, tem dois filhos.

“A cooperativa é o melhor lugar que tem. É só tu te dedicar, vestir a camiseta, te doar e, o mais importante, ser fiel. Se tu fizer direitinho, fizer a tua parte e ter amor como eu tenho, só tenho a agradecer tudo que tenho. Desde o tempo do César, passando por todas as administrações até hoje a do Fernando Osório, sempre foram muito legais, pessoas maravilhosas e só tenho a agradecer”, conclui.

 

Foto: Bruno Garcia