Efeitos do terremoto no Chile são sentidos por moradores de Santa Maria

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guilherme PPCI ok


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Por volta das 20h30min de quarta-feira, moradores de diversos prédios altos de Santa Maria sentiram os efeitos do terremoto de mais de 8 graus que abalou a região central do Chile. No Calçadão Salvador Isaía, dezenas de moradores do edifício Imembuy deixaram seus apartamentos assustados após sentirem as paredes e lustres balançarem.

A jornalista Bruna Castro, 26 anos, que mora no 13º andar, estava estudando no quarto quando sentiu uma sensação de balanço e achou que estivesse tendo uma tontura. Ao perceber que os vizinhos também tinham percebido o mesmo tremor, ela desceu as escadas, com medo de o prédio desabar.

“O pessoal do meu andar começou a avisar os vizinhos e descemos. Aos poucos, estava todo mundo aqui embaixo”, contou Bruna.

Perto dali, a quadra da Rua Floriano Peixoto entre a Coronel Niederauer e a Dr. Bozano, ficou tomada de moradores dos edifícios Pampa e Augusto. Entre todos, uma mesma sensação: o de ver as paredes sacudirem.

“Vi a porta balançando, mas achei que não era nada, achei que o problema era comigo. Só percebi quando o meu irmão veio me avisar que o lustre estava balançando também”, relatou a estudante Mariana Larré, 24, moradora do 9º andar do Pampa.

Por volta das 21h, equipes do Corpo de Bombeiros visitavam os prédios na área central e tranquilizavam os moradores. Conforme a corporação, o tremor foi sentido em vários edifícios altos da cidade e está ligado ao terremoto no Chile. Não houve relatos de estragos nem feridos.

 

Santa-mariense que mora no Chile conta como foi o terremoto

O gaúcho Rodrigo Mainardi, que mora em Santiago do Chile com a esposa Daiane Scaraboto e o filho de cinco meses, contou à reportagem do “Diário” como foram os momentos de susto no país:

“Estamos bem, apesar do forte tremor. O susto foi grande. O prédio balançava e as paredes do apartamento (algumas são de gesso) rangeram. O que vimos por primeiro foi o lustre balançar e o móvel da televisão tremer e fazer barulho. Após isso, teve um início de balanço do edifício, com o ranger das paredes e portas. Saímos rápido do sofá que estávamos assistindo TV com o nosso filho, o Pietro. Nossas cães também se agitaram assim que iniciou o sismo. Havia um alerta, mas não pensava que seria tão forte dessa vez. Ficamos um bom tempo no hall de entrada no apartamento com a porta aberta. Depois que acalmou o tremor, voltamos para a sala e ligamos o rádio, foi aí que soubemos das notícias.  Deu um minuto e tudo voltou a tremer de novo. Já presenciamos outros sismos, mas este com certeza foi o mais forte”, relata o santa-mariense, que desde julho de 2012 mora no país.

 

* Diário de Santa Maria

Foto: Germano Rorato

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