Após quase três meses desde o lançamento, a campanha “Não nos Abandone”, da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), colhe os resultados pretendidos pelas equipes das 14 unidades espalhadas pelo Estado do Rio Grande do Sul.
A iniciativa foi criada em momento de incerteza, em meio ao fechamento de diversas atividades devido à pandemia do novo Coronavírus, cerca de 90 dias depois a Aapecan não apenas manteve suas portas abertas como também os serviços e sua estrutura em prol do usuário – pessoa em tratamento oncológico e em situação de vulnerabilidade social. A campanha demandou uma ofensiva junto à mídia, o que resultou em pautas de veículos com abrangência estadual, como RBS TV, TVE e Band RS, além do jornal Zero Hora e Rádio Gaúcha.
O espaço conquistado resultou em números superlativos em relação a doações, sobretudo de alimentos. Neste quesito, a Aapecan Metade Sul (composta pelas Unidades Pelotas, Rio Grande, Bagé e Camaquã) totalizou 3,75 toneladas. A Unidade Caxias do Sul aparece em seguida com 3,39 toneladas de alimentos doados apenas entre 27 de abril e 27 de maio deste ano. A lista se completa, na ordem, por Porto Alegre, 2,66 toneladas de alimentos doados no período, Lagoa Vermelha, 2,4 toneladas, Passo Fundo, 1,8 tonelada, Santa Cruz/Lajeado, 1,68 tonelada, Santa Maria, 1,4 tonelada, Ijuí, 1,07 tonelada de alimentos, e Bento Gonçalves – 715 quilos.
Objetivo alcançado
Até o momento, a campanha responde ao que se propôs. De acordo com a supervisora de Comunicação da Aapecan, Valéria da Cunha, a iniciativa se converteu em ferramenta adequada para os propósitos da entidade. “Inicialmente temíamos restringir nosso atendimento e isso não ocorreu – a Aapecan continuou amparando o seu usuário na luta contra o Câncer.”
O coordenador das Unidades Porto Alegre, Caxias do Sul e Lagoa Vermelha, Wellington Vasques, disse que a campanha reforçou o elo que existe entre a Aapecan e a população gaúcha: “a comunidade fez muito por nós”, reconhece. De acordo com ele, apesar da queda no volume de doações durante a pandemia, houve retorno intenso em termos de ajuda – seja em alimentos, material de limpeza e até na forma de contribuição financeira.
Resultado: mesmo no momento adverso a Associação manteve o apoio aos usuários e acompanhantes. As Unidades com Casas de Apoio mantiveram o espaço em funcionamento, embora em número reduzido para atender as determinações das autoridades sanitárias, serviços e benefícios foram plenamente prestados e concedidos. E embora a incerteza ainda permaneça, Wellington demonstra otimismo em relação ao futuro: “estamos unidos para logo ultrapassar essa fase e estaremos todos juntos, na retomada dos grupos de apoio e nas atividades das Unidades, assim que possível for.”
