O saneamento básico é um dos principais pilares para saúde pública. Água potável e esgoto despejado de maneira correta evitam a proliferação de roedores, insetos e, claro, doenças. De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 38% do esgoto produzido no país é tratado. 62% dos dejetos são despejados em rios, riachos e mares.
Segundo levantamento da ANA (Agência Nacional das Águas), 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada. Além disso, conforme os dados da agência, 38,5% da água coletada da natureza e tratada para se tornar potável, é perdida na distribuição por conta de vazamentos e gatos (ligações clandestinas).
O Rio Grande do sul ocupa a quarta colocação no ranking de água tratada no Brasil. Os dados divulgados pelo governo do Estado, apontam que 89,8% dos gaúchos têm acesso a água tratada. Porém, quando o assunto é tratamento de esgoto, o Rio Grande do Sul ocupa á 17ª posição em tratamento de esgoto. Um dos motivos apontados pelo governo para a colocação no ranking é falta de recursos e incentivo do Governo Federal. Já a CORSAN, Companhia Estadual de Saneamento Básico do Rio Grande do Sul, empresa responsável pelo serviço de saneamento na maioria das cidades gaúchas, aponta que além da falta de verbas, há também burocracia e dificuldades para achar local adequado para construção de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), uma vez que esse tipo de estação precisa de autorização da FEPAN e demais órgãos ambientais.
Segundo a ONU, o saneamento básico é um problema de saúde pública, ambiental e social. Conforme a entidade, as pessoas mais pobres são as mais atingidas pela falta de água potável e doenças causadas pela contaminação que o esgoto despejado de maneira incorreta traz.
O Sepeense prepara uma série de reportagens para que você entenda como é feita a captação, o tratamento e a distribuição da água em São Sepé e, também, em outras cidades da região que são administradas por empresas privadas.
