Caçapava do Sul sediou festival de trova

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A segunda Capital Farroupilha reuniu o melhor da trova em mais uma edição do Festival de Trova “Pua de Ouro”. Entre os dias 9 e 10 de dezembro, o CTG Sentinela do Cerro em Caçapava do Sul recebeu mais de 30 trovadores para a disputa entre três modalidades, Campeira, Gildo de Freitas, e Martelo.

O festival, que foi criado em 1990, chegou neste ano na sua 9ª edição, com a finalidade de reunir grandes nomes da trova gauchesca, objetivando a continuidade cultural de raiz, resgatando a arte da trova. Segundo Jorge Freitas, um dos idealizadores do festival, hoje, existe uma preocupação de que a trova possa ser em pouco tempo uma arte perdida se não der continuidade aos festivais desta natureza. “Em conversa com alguns trovadores, vimos uma preocupação que temos poucos novos artistas que seguem a arte de trovar. Dessa forma, podemos dizer que trovadores que concorrem pelos festivais”, conta.

Para ele, este festival busca resgatar e trazer novos artistas para o meio. “Conseguimos o nosso objetivo. Subiu ao palco adultos, velhos, jovens e uma criança de apenas nove anos de idade que trovou de igual com homens que teriam idade de ser seu avô. Nós da organização estamos muito felizes e orgulhosos por proporcionar um evento desta grandeza”, ressalta Freitas.

O 9º Pua de Ouro foi produzido pela JesProart Produções Artísticas, com recursos da Lei de Incentivo a Cultura (LIC) e patrocinado pela Cooperativa Tritícola Caçapavana (Cotrisul). Para julgar os repentistas, o corpo de jurados era formado por Tetê Carvalho, João Maciel, João Benito e Zauri Tiaraju.

Conforme o produtor cultural, Everaldo Oliveira, o festival reuniu os melhores trovadores do estado, fazendo com que o nome do evento seja repercutido fora da cidade. “Nós, como gestores culturais, devemos atentar para a realização de eventos desta natureza e, atrelado ao mesmo, buscar alternativas de apoio aos novos talentos pelo apreço a tal arte. O intercâmbio entre repentistas da trova ocorreu em virtude da camaradagem que há entre os artistas, e, principalmente, quando primamos pelo bem comum e ao acesso livre, pois o evento em comento prevê o acesso sem cobranças de ingressos e nem de inscrição para os participantes, beneficiando toda a comunidade e visitantes a prestigiarem nossas atividades de artes autênticas e puras”, ressalta Oliveira.

Além dos concursos de trova, o evento contou apresentação de shows musicais e dança, além de um debate entre os repentistas, buscando opiniões para o melhoramento do festival para os próximos anos. Subiram ao palco a dupla Glauber e Cleber Brito, apresentando o melhor dos festivais nativista, grupo Tchê Bailanta, fazendo o público dançar e Nilton Ferreira apresentando musicas campeiras do Rio Grande. Na dança o Grupo Folclórico Calhandra encantou os convidados, onde ainda, a Invernada Artística Ruy Freitas e a gaiteira Amanda Correa fizeram apresentações especiais.

 

Confira os vencedores

Trova Campeira

1º Lugar: Elisandro Chaves
2º Lugar: Turco Chaves
3º Lugar: Luciano Quines
4º Lugar: Aldori Tito

 

Trova Gildo de Freitas

1º Lugar: José Estivalet
2º Lugar: Arai Goulart
3º Lugar: Valney Correa
4º Lugar: Rocger Chaves

 

Trova Martelo

1º Lugar: Leoncio Amaral
2º Lugar: Doeli Valente
3º Lugar: Cravinho
4º Lugar: Diomar Almeida