“Brasil será responsável por 41% da produção mundial em menos de dez anos”

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Foto: divulgação


 

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O Brasil tem todas as condições para se tornar um dos principais fornecedores de alimentos para o mundo. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. O dirigente palestrou no Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) e da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece). O evento ocorreu no Hotel Deville, em Porto Alegre, na tarde de quinta-feira, 21.

Para Turra, os diferenciais do Brasil em relação aos outros países estão em questões climáticas, hídricas, de sustentabilidade e de sanidade. “Reunimos todas as condições para nos tornarmos ainda mais competitivos neste mercado, sobretudo diante da necessidade cada vez maior de segurança alimentar”, salientou. O presidente projetou o aumento da produção brasileira: em menos de dez anos, o país será responsável por 41% do cultivo mundial, seguido da China, com 15%.

O país conta com 851 milhões de hectares de área destinadas ao agro. Desse volume, 66,3% são preservadas. Dos 50,7% reservadas às propriedades rurais, 9% são de lavouras e florestas plantadas e 13,2% de pastagens plantadas. “Há, evidentemente, uma preocupação com relação ao meio ambiente. A produção de aves e suínos, por exemplo, é feita predominantemente fora do bioma amazônico”, destacou o dirigente e ex-ministro. Os números são superiores às médias da Ásia, África, Europa e América Central.

O clima e a qualidade da carne são dois dos principais diferenciais competitivos para o setor, segundo Turra. “A média de temperatura é um fato preponderante para o nosso país, tanto em relação ao custo de produção quanto para manutenção do status sanitário”, pontuou. O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frangos do planeta – foram mais de 3,4 milhões de toneladas comercializadas somente em 2019.

Há, de acordo com o presidente, uma forte tendência no aumento de exportações de ovos e carnes de frangos e suínos para a China. “O momento é propício para a proteína animal brasileira, em razão do grave problema de sanidade animal na China com a peste suína africana”, finalizou.