Morreu, nesta segunda-feira, 28 de outubro, aos 79 anos, o ex-locutor da Rádio Gaúcha, José Aldair Nidejelski. As informações foram confirmadas pela filha dele, Tatiana Nidejelski, ao jornalista Felipe Vieira em seu portal. José Aldair, como era conhecido, permanecia internado desde o último dia 10 de outubro após queda sofrida em casa, no bairro Santana, na capital gaúcha. Na ocasião, ele foi levado à emergência do Hospital Conceição com suspeita de AVC e faleceu em decorrência de infecção generalizada.
Natural de Canoinhas, na região norte do estado de Santa Catarina, Aldair desenvolveu vocação para o rádio desde os oito anos de idade, quando já cantava no rádio com a irmã Matilde. Aos 12 anos, ele comandava um programa infantil de auditório, e aos 15 anos, foi tentar seguir a carreira no estado do Paraná, mas o pai, Gabriel Nidejelski, resolveu buscá-lo, pois o achava jovem demais para viver sozinho em outro estado.
Ao ingressar no rádio, José Nidejelski não gostava da sonoridade de seu nome. Na Justiça, conseguiu a permissão de incorporar o codinome “Aldair”, uma homenagem ao padrinho, o locutor Aldair José, a quem o radialista atribuía o despertar da paixão pelo rádio. Sem ter frequentado alguma faculdade de Comunicação Social – Habilitação Jornalismo, Aldair garantia que a sua experiência o tornou um “jornalista profissional” – ou radialista – muito bom no que fazia.
Passou pelas rádios Paiquerê (Londrina – PR), Caçador (Caçador – SC), Rio Negro (Rio Negro – PR), Canoinhas (Canoinhas – SC), Diário da Manhã (Florianópolis-SC) e Guarujá, até chegar à Rádio Gaúcha em Porto Alegre. Sua estreia na emissora foi no Correspondente GBOEX, no dia 9 de abril de 1966. Seis meses depois, o programa de síntese noticiosa, que foi inspirado no Repórter Esso (veiculado de 1941 a 1964, na Rádio Farroupilha), lhe rendeu o cargo de redator na emissora. Com três anos de casa, Aldair passou a ser chefe do departamento de notícias da rádio e deixou o Grupo RBS, somente no ano de 2004. Tentou a carreira política duas vezes nos anos 70 e 2000, mas não foi eleito vereador em Porto Alegre. Porém, ele recebeu o título de “Cidadão Honorário de Porto Alegre”, indicado pelo vereador Cassiá Carpes.
Fonte. Correio