A madrugada do sábado, 24 de dezembro de 2016, vai ficar marcada na memória da população de São Sepé. A cidade registrou um dos assaltos mais ousados dos últimos anos no Rio Grande do Sul. Os assaltantes envolveram cerca de 30 pessoas na ação e dispararam centenas de tiros em frente à duas agências bancárias localizadas em frente à praça central.
A reportagem de O Sepeense conversou com uma das pessoas utilizadas em um “cordão humano” durante a ação. O homem que não terá a identidade revelada contou os momentos de pavor que o grupo teve nas mãos dos criminosos. O rapaz disse que estava de carro há cerca de uma quadra do local do crime. Ele teria percebido uma movimentação suspeita de um táxi que fazia o retorno em uma das ruas.
“Ao me aproximar fui surpreendido por um assaltante já com uma refém nos braços”, contou ele que chegou a acreditar que o grupo de mãos dadas que avistava à distância poderia se tratar de um ato religioso devido à presença de pessoas reunidas em meio a rua.
O homem foi retirado do carro e levado junto aos demais. Dali em diante o relato é de uma ação extremamente violenta. “Eles atiravam em todos os carros que se aproximavam, a maior parte dos condutores sem entender o que estava acontecendo. Vários veículos tiveram os pneus furados e a todo momento haviam ameaças”, disse.
Após formar o isolamento o grupo iniciou as explosões em uma agência do Sicredi. Teriam sido ao menos três. Os assaltantes ainda teriam entrado na agência do Banco do Brasil.
A testemunha disse que eles eram orientados a não olhar diretamente os bandidos. Quando saiu do local, o grupo entrou em um carro de cor escura. Uma jovem chegou a ser levada como refém, segundo o homem.
Ele não soube precisar, mas recorda de dois homens debruçados sobre a janela do carro. Eles disparavam tiros por todos os lados enquanto o veículo começou a deixar o local.
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