Sargento do Corpo de Bombeiros dá dicas de como se prevenir de ataque de abelhas

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O recente episódio em que um empresário de Restinga Sêca morreu picado por abelhas reacendeu um alerta para a importância nos cuidados e prevenção para que um acidente não ocorra envolvendo este tipo de inseto. O 1º Tenente da reserva da Brigada Militar, que já comandou o Corpo de Bombeiro de São Sepé, Renato Dutra Pereira, escreveu um artigo relacionado ao tema e dá algumas dicas de como se prevenir.

Trate as abelhas como você faria com qualquer outro animal venenoso, tal como uma cobra ou escorpião. Esteja alerta e afaste-se!

Você já imaginou o desespero de um tratorista, ao ser atacado por um enxame, ao desmatar certa área? Ou um agricultor, no topo de uma escada, colhendo frutos num laranjal?

As ocorrências relacionadas a enxames representam 33% das chamadas ao Corpo de Bombeiros, dos 3 a 5 registros diários, só um envolve ataque a pessoas.

No Rio Grande do Sul já houve casos de pessoas atendidas em Hospital, com mais de 500 (quinhentas) picadas de abelhas.

Caso você seja picado por mais de 15 (quinze) abelhas, ou se sentir qualquer sintoma além de dor e inflamação nos locais das picadas, procure auxílio médico imediatamente. Enquanto numa pessoa a picada provoca apenas dor e inchaço, em outras pode desencadear o choque anafilático, com parada cardíaca e morte (pessoas alérgicas).

Como regra geral, mantenha-se afastado de todo enxame ou colméia. Se encontrar alguma, afaste-se imediatamente. Ao correr, trate de proteger o rosto e os olhos, tanto quanto possível. Refugie-se num carro ou casa. A água (mergulhar no rio) e a vegetação densa não oferecem proteção suficiente. Não fique parado e nem trate de sacudir-se ou afugentá-las: os movimentos rápidos (e os sons agudos) provocam que as abelhas piquem.

Ao ser atacado, se você não tiver um pano (lenço, toalha, etc.) para cobrir a cabeça, faça-o com a própria camisa. As picadas nas costas e no peito que você deverá levar serão menos graves do que as que ocorreriam no rosto.

 

Outras dicas:

Evite operar qualquer máquina barulhenta próximo à colméia;

Preste atenção ao zumbido característico de um enxame;

Tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colméia;

Examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados e ao amarrar animais domésticos ou gado.;Mantenha-se alerta ao executar as práticas culturais;

Observe se há abelhas entrando ou saindo do mesmo lugar;

Para remover colmeias, chame um apicultor.

 

Foto: Divulgação / Delmo Santos