Teve início por volta das 13h desta terça-feira, 24, um protesto de moradores da Vila Sabino, em Formigueiro. Cerca de 50 pessoas estão mobilizadas e querem que o calçamento da via seja concluído e reivindicam que a rua, que é de terra, seja molhada pelo menos duas vezes ao dia, já que enfrentam transtornos com a poeira.
Ainda sem previsão para que o protesto termine, os moradores interromperam com madeiras o local e impediram o trânsito de veículos. O movimento ocorre de forma pacífica, sem o registro de incidentes. Caminhões que escoam a safra de grãos e precisam ingressar na Arrozeira Sepeense precisaram ficar parados.
O que diz a Prefeitura de Formigueiro?
Segundo o prefeito de Formigueiro, Gildo Bortolotto, o Executivo não recebeu nenhum pedido de explicação com relação ao calçamento da via. Em 2014, foi feita uma Audiência Pública que debateu sobre a obra e foi explicado aos moradores sobre duas verbas. Ele considera a poeira um problema de saúde pública e sabe das dificuldades enfrentadas pelos moradores.
O primeiro recurso foi disponibilizado para a conclusão da Rua Mário Deluy e parte da Rua Geni Simões Pires, ambos os processos já foram concluídos. A segunda verba estava destinada para o calçamento de cerca de 900 metros da Rua Geni Simões Pires. O motivo do não andamento da obra foi em razão de que o Governo do Estado não incluiu o valor de cerca de R$ 900 mil no orçamento de 2014.
A Prefeitura já assinou um convênio com a Metroplan e ficou acertado que o governo municipal entraria com R$ 103 mil na obra e o governo do estado R$ 900 mil. A obra já entrou em fase de licitação e a empresa que executará o calçamento está definida. O Executivo Municipal recebeu a informação de que o dinheiro está incluído no orçamento do Estado de 2015. O que resta, agora, é a autorização do início da obra por parte da Metroplan e a liberação dos recursos. Para o prefeito, a demora neste processo ocorreu porque a diretoria do órgão ainda não estava definida, devido à transição de governo.
Com relação à colocação de água sobre a rua – que diminuiria a poeira -, Bortolotto disse que a medida é válida, mas no momento não é possível ser feita porque a Prefeitura não disponibiliza de um equipamento que espalhe o líquido sobre a via, apenas o trator que puxaria a estrutura.
Uma comissão de moradores deve ser formada para que seja estabelecido um diálogo com o Executivo Municipal.
Fotos: Igor Ferrari / Especial
