Mesmo sem Carnaval de Rua, sepeenses caíram na folia

0
112
Foto: divulgação/AVE


Foto: divulgação/AVE

A Associação Vila Esperança (AVE) promoveu o Carnaval infantil no Clube Visconde do Rio Branco. Foram dois dias de muita festa, música e alegria para a criançada que se divertiu ao som de marchinhas e sambas-enredos tradicionais da maior festa popular do país.

No primeiro dia, domingo, as crianças e seu familiares foram recebidas em um salão decorado com motivos carnavalescos, logo se formou uma bateria entre os participantes da festa e membros da associação. A festa, que estava sendo animada com som mecânico, já contou com uma bateria improvisada que alegrou e contagiou a todos.

Na empolgação do momento, o presidente do clube, Elpídio Santana, e sua esposa, Maria de Lurdes Santana, doaram uma fantasia de carnaval que havia pertencido à do casal para ser entregue a quem demonstrasse samba no pé. Neste momento foi eleita então, Maysa Ribeiro Costa, de 4 anos, a Rainha da bateria desta escola da fantasia, que nem nome tinha, e nasceu da boa vontade e perseverança de uma comunidade que estava triste porque se dizia que em São Sepé não haveria Carnaval este ano. Tinha rainha, logo precisava do rei, então foi eleito William Benfica, que era o DJ e esbanjava alegria pelo salão, o Rei Momo.

Era previsto apenas um dia de festa, já que a notícia de que não haveria Carnaval tinha sido repentina. Neste único dia, tanta coisa já havia sido feita. Se formou uma bateria, se elegeu uma rainha e um rei, uma escola estava sendo criada. Esta rainha não podia ter abreviado seu reinado, então decidiu-se no momento. Haveria outro dia pra alegria imperar. E assim foi marcado para terça-feira mais um encontro, o Carnaval não podia morrer.

Na terça-feira, a festa foi maior. Já tinha rainha e rei, o salão já estava pronto, e o espírito carnavalesco já imperava ali. Mas ainda tinha a cereja do bolo, a Escola de Samba Imperadores do Ritmo, adentrou na pequena e improvisada avenida do samba, crida por poucas pessoas que se transformaram em uma multidão, dentro de um pequeno clube que já fazia mais eco que a grande Sapucaí. E assim a festa que não existiria, levou alegria e esperança aos olhos daquelas crianças, povoou de sonhos e fantasias o imaginário deles e também o nosso, como deve ser todo o carnaval.

“Não deixe o samba morrer”, era o que estava escrito na camiseta da Escola de Samba Imperadores do Ritmo, e eles cumpriram sua missão.

 

 

Texto: Associação Vila Esperança