Autoridades e população debatem gestão do lixo em São Sepé

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guilherme PPCI ok

brezza


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Comunidade, profissionais da área e autoridades tiveram na última quarta-feira, 24, um momento singular para debater sobre um transtorno que atinge não só o município de São Sepé, mas grande parte das cidades do Brasil: a destinação correta do lixo. A ação partiu da Prefeitura de São Sepé que buscou amparo junto à equipes da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) para que fosse feita uma análise da situação do município e, acima de tudo, se desse mais atenção à projetos que aguardam liberação do órgão e que podem dar um novo ritmo ao sistema de gestão de entulhos, lixos, etc.

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Durante a tarde, o prefeito Léo Girardello percorreu junto dos técnicos da Fepam uma série de pontos onde há depósito de lixo. Também foram visitadas empresas que começam a trabalhar com algum tipo de material que pode ter como matéria-prima, parte do que é produzido pelo dia a dia da cidade. Um exemplo está na área industrial, onde o empresário Alcio Kurtz, espera produzir até quatro toneladas de húmus. Na empresa, que está em atividade há pouco tempo, também será trabalhado outros tipos de compostos. Os galhos provenientes de podas podem ser um aliado para a produção no local. Já em outro ponto, é o empresário Hamilton Vargas que acerta os últimos detalhes para começar a operar em uma área que receberá o chamado tele-entulho. Desta forma, materiais provenientes de obras, por exemplo, terão um destino correto e de forma organizada.

De acordo com Girardello, o município enfrenta alguns problemas semelhantes a outras cidades visitadas. “Temos uma demanda imensa de entulhos nas ruas e as equipes fazem o que podem. Mas recolher quase 40 cargas por dia não é fácil, ainda mais quando, infelizmente, alguns moradores não demoram muito para recolocar sobras ou lixos novamente nas ruas”, explicou.

O especialista na área, Valtemir Goldmeier, falou durante a reunião e mostrou um pouco da experiência que tem a partir de vários anos estudando a questão da gestão do lixo. Segundo Valtemir, o problema inicia nas casas. “Eu não consigo entender a dificuldade em o morador ter dois recipientes em casa. Apenas dois. Um deles para o lixo orgânico e outro para o lixo seco. Só com esta atitude já facilitamos a vida dos catadores, que passarão a ganhar mais a partir da produtividade”, relatou.

Segundo ele, o poder público tem que atender a demanda, mas sem ajuda da população a gestão do lixo nunca irá dar resultado. “Precisamos entender que se a comunidade ajudar, a prefeitura vai gastar menos recursos na contratação de empresas terceirizadas, por exemplo. Assim, sobrará verba para investir em saúde, educação, etc. Tudo é um ciclo que precisa ser visualizado por cada morador”, defendeu.

Nas próximas semanas, a Prefeitura de São Sepé deve iniciar uma campanha de conscientização sobre o tema.

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Fonte: A.I. Prefeitura de São Sepé

 

Guilherme Motta