Airsoft: conheça o jogo que vem conquistando os sepeenses

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O  soldado está ferido e caiu nas mãos de um grupo de terroristas. Os companheiros precisam agir rápido para evitar o pior e, em uma ação de inteligência e estratégia, conseguir resgatar o militar com vida. 

Parece coisa de filme, mas na verdade não passa de uma grande brincadeira. O jogo que simula ações de combate mistura adrenalina e ficção, mas acima de tudo, serve como hobby (passatempo) para o grupo de cerca de 30 pessoas em São Sepé. Eles fazem parte do “Tiaraju Airsoft Team”, o primeiro grupo a praticar o jogo na cidade.


 

Preparação para o combate

A preparação é minuciosa e cada detalhe precisa estar no lugar certo. Óculos de proteção, pano vermelho (para sinalizar a “morte”) e o apito (usado em situações de pausa no jogo) são os equipamentos indispensáveis de segurança para praticar o airsoft. Mas não pense que tudo para por aí: eles usam máscaras, capacetes, fardas próprias e até rádio transmissor.

O empresário – e um dos fundadores do grupo – Lucas Schneider conta que um dos pontos fundamentais do jogo é a honestidade. “Diferente do paintball, a arma de airsoft não deixa marcas no corpo do jogador, por isso, presume-se que ele ao ser atingido prontamente sinalizará com o pano vermelho indicando que está fora”, explica. Ele ainda revela que o interesse pela prática surgiu entre três amigos e logo foi ganhando mais adeptos. São empresários, administradores, estudantes…todos eles com o único objetivo de usar do airsoft também como uma ferramenta contra o stress do dia a dia.

 



Tudo dentro da segurança

As armas, aliás, são cópias fiéis das reais, mas respeitam normas de segurança e de legislação. A mais perceptível delas é a ponteira na cor alaranjada, que mostra que o equipamento não passa de um objeto utilizado em jogos. “A gente sempre faz o transporte da arma sem munição (pequenas bolinhas plásticas), e com a nota fiscal”, indica outro participante. As regras também proíbem o uso de fardas militares reais, ou seja, todos os uniformes são exclusivos para o esporte.

Para lograr êxito na missão eles ainda tem que desafiar obstáculos como matas e ruínas. Tudo é combinado antes do início das partidas que tem cerca de 2h de duração. O cenário atualmente utilizado é um frigorífico abandonado, há cerca de 7km da cidade. Lucas conta, no entanto, que o grupo não descarta criar um local próprio para o airsoft. “A gente cogita criar um centro de treinamento, mas ainda estamos avaliando já que montamos o grupo há cerca de 6 meses”, ressalta Schneider.

 


Equipamentos

Com cerca de R$ 700,00 já é possível adquirir uma arma de porte médio. Porém, há armas menores que custam cerca de R$ 250,00. A brincadeira ainda pode ficar melhor, com exemplares como uma metralhadora automática A&K Pkm, que custa R$ 7500,00. Com relação a munição, é possível dar cinco mil “tiros” por cerca de R$ 65,00.

Os equipamentos também podem ser adquiridos na própria cidade, na Casa Schneider (Rua Getúlio Vargas, 50) ou pelo facebook clicando aqui. A entrada para o grupo precisa de indicação de um dos membros, mas interessados podem buscar mais informações com os próprios integrantes.

Os encontros acontecem aos finais de semana, quando surgem novas “missões”. Depois das partidas, armas guardadas, pois para eles, o que mais importa é o respeito e a amizade.