Terceiro dia de julgamento da Boate Kiss é marcado por tensão em Porto Alegre

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Foto: Ricardo Giusti/ Correio do Povo


Foto: Ricardo Giusti/ Correio do Povo

 

O terceiro dia de júri do caso Kiss é marcado por depoimentos técnicos sobre o artefato pirotécnico, extintores e prevenção de incêndio.

Nesta manhã de julgamento do caso da boate Kiss, houve tensão e discussões acaloradas em Porto Alegre. Daniel Rodrigues da Silva, administrador da loja de fogos, onde o artefato pirotécnico foi comprado, prestou oitiva nesta manhã.

Silva explicou as diferenças sobre material para lugares e fechados e abertos e, também, da diferença de valores entre um e outro. De acordo com Daniel, a época do incêndio, a diferença entre o material para uso indoor (em lugares fechados) e para uso ao ar livre variava entre 30 e 50 reais.

A defesa de um dos réus da banca questionou o ministério público sobre a responsabilidade do empresário da  loja no caso. Começou aí uma exaltação no júri, e um pai  de uma das vítimas da tragédia, que acompanha o julgamento na plateia, levantou e discutiu com o advogado do réu Luciano Bonilha. Neste momento, o  juiz Orlando Faccini Neto, suspendeu a sessão por 10 minutos, “foi a primeira vez, em 20 anos de magistrado, que eu precisei parar um julgamento”.

Com os ânimos mais calmos, Daniel Rodrigues da Silva demonstrou como o artefato deve ser manuseado, temperatura e tamanho da chama, respondendo também perguntas feitas pelos jurados  por escrito ao juiz.

Neste momento, o preventor de incêndios, que fornecia os extintores de incêndio para boate, Gianderson Machado da Silva, prresta depoimentos acerca da situação dos extintores e o material deles (pó ou água) no dia da tragédia.