



A falta de energia elétrica que se estende desde o dia 28 de abril em parte da localidade do Terceiro Distrito, somada ao período de safra, fez com que produtores da região recorressem a geradores de energia para manter o processo de secagem do arroz. Uma empresa de Canoas precisou ser acionada nesta semana pelos agricultores Ezequiel Oliveira, Dirlei Antônio Oliveira e Argeu Leal dos Santos. O custo diário do equipamento, aliado ao óleo diesel, gira em torno dos R$ 1.800,00 para cada produtor.
As localidades, situadas nas proximidades da divisa com Cachoeira do Sul, são algumas das afetadas com os transtornos do serviço que está a cargo da AES Sul. A alegação dos usuários é de que o risco de decomposição do produto motivou a vinda do maquinário que possibilita o funcionamento dos secadores e silos.
A companhia de abastecimento diz que está impossibilitada de fazer o reparo após a queda de um poste às margens do Rio Vacacaí. O principal motivo seria a cheia do rio. O advogado de um dos agricultores, Glauber Santos Silva, disse que chegou a manter contato com o chefe da equipe de caminhões da agência da AES Sul, em Cachoeira do Sul, quando fora informado de que mesmo com as cheias o trabalho seria iniciado até o dia 3, fato que não se confirmou até esta quinta-feira, 5.
Os produtores da região alegam que a rede é antiga e não tem recebido a manutenção necessária. Problemas semelhantes ocorreram em outubro do ano passado, quando o abastecimento foi interrompido por quase um mês.
Os afetados com os transtornos dizem que irão recorrer aos órgãos reguladores e ao Ministério Público.
Juiz concedeu liminar para o caso
Outro representante de alguns dos atingidos é o advogado Patrick Rosa Vargas. Segundo ele, o juiz de direito da Comarca de São Sepé acolheu um pedido de liminar feito à justiça para que a AES Sul realize o reparo imediatamente. Caso descumpra a determinação a empresa pode pagar multa diária. O advogado ainda informou que, além da liminar, deve buscar junto aos atingidos o pedido para que os prejuízos sejam ressarcidos pela AES Sul.
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