
A Prefeitura de Faxinal do Soturno exonerou o assessor jurídico Edson Lorenzoni Júnior, indiciado pela Polícia Civil por obstrução à Justiça. O servidor foi apontado pelas investigações como responsável por vazar informações sobre uma operação policial realizada em agosto para prender traficantes ligados a uma facção que atua na Região Metropolitana.
Em entrevista coletiva, o delegado de Polícia Regional, Sandro Meinerz, deu detalhes da Operação Quarta Colônia, deflagrada para desmontar um esquema de tráfico envolvendo municípios da Quarta Colônia e Santa Maria. No total, 62 pessoas foram indiciadas por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa e corrupção de menores.
Segundo Meinerz, além dos indiciados, dois menores foram apontados como participantes do esquema, que tinha homens e mulheres. Provas obtidas durante diligências e a partir de celulares apreendidos mostraram o “modus operandi” do grupo criminoso ligado à facção Bala na Cara.
Na coletiva, Meinerz disse que a Prefeitura de Faxinal do Soturno “não tem absolutamente nada a ver” com o vazamento da operação. A Polícia Civil contatou a administração municipal na véspera da ação policial para acertar detalhes como o fechamento de ruas, entre outros.
O assessor jurídico, referido por Meinerz como “procurador jurídico” teria avisado uma das lideranças. Em depoimento, o assessor alegou ser advogado do suspeito e afirmou não ter vazado nenhuma informação. Segundo Meinerz, no dia da operação os policiais localizaram pouca droga.
Sobre a alegação de que o assessor seria advogado de um dos investigados, o delegado diz que não há procuração ou contratado comprovando a alegação do agora ex-servidor da Prefeitura.
Com informações de Paralelo 29
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