
CASO VALDEMAR BOTH
O Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou a morte de um agricultor durante abordagem da Brigada Militar (BM) após uma ocorrência de suposto crime ambiental em Santa Maria, na Região Central do RS, concluiu que não houve negligência ou erro no procedimento. De acordo com a investigação, divulgada nesta sexta-feira (1º), os dois policiais agiram em legítima defesa.
“A Brigada Militar informa que o inquérito foi resultado de uma apuração minuciosa, e após análise dos elementos de prova, concluiu-se, no âmbito das investigações, que os policiais militares atuaram em legítima defesa”, diz nota enviada a imprensa.
O caso ocorreu há um mês, no distrito de Palma. A vítima é Valdemar Both, 53 anos. Câmeras de segurança registraram o fato.
Segundo a BM, a equipe realizava patrulhamento na área rural do município e se deparou com um estabelecimento que processa e comercializa produtos de origem florestal. Valdemar não tinha licença ambiental para operação, conforme os policiais. O agricultor também não teria autorização de porte e uso de motosserras.
A confusão teria começado a partir da comunicação de que os equipamentos deveriam ser apreendidos. Valdemar estaria com um machado e teria reagido, de acordo com a ocorrência.
“Diante do risco iminente à integridade física da equipe, houve a necessidade do uso da arma de fogo para conter a ação e preservar a vida dos policiais militares”, alega a Corporação.
De acordo com o advogado da família, Both comprava eucalipto para fazer lenha e revender, o que é permitido. A defesa afirma ainda que os equipamentos, como as motosserras, eram legalizadas.
O que diz a Brigada Militar.
“NOTA À IMPRENSA
A Corregedoria-Geral da Brigada Militar informa que foi concluído o Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado para apurar as circunstâncias da ocorrência registrada no município de Santa Maria, em 1º de julho, durante ação da Patrulha Ambiental da Brigada Militar.
A Brigada Militar informa que o inquérito foi resultado de uma apuração minuciosa, e após análise dos elementos de prova, concluiu-se, no âmbito das investigações, que os policiais militares atuaram em legítima defesa.
Com a finalização do procedimento, os autos foram encaminhados à Justiça, nos termos da legislação vigente.”


