Nova divisão de hierarquia das ruas pode alterar trânsito de veículos, pessoas e mercadorias

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A realização de uma audiência sobre a atual fase do processo de construção do Plano de Mobilidade Urbana de São Sepé, reuniu autoridades, lideranças da comunidade e moradores do município, no Salão Comunitário do Bairro Pontes, na última semana. Eles puderam presenciar a apresentação dos primeiros resultados a partir da análise do trânsito de pessoas, veículos e mercadorias.

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O arquiteto e mestre em planejamento urbano, Marcelo Heck, apresentou algumas sugestões para que a cidade possa comportar de forma mais satisfatória a circulação diária da população. Um dos pontos bastante abordado foi o do transporte público. De acordo com Heck, um trajeto mais abrangente e com horários e pontos melhores definidos pode estimular a população a usar o serviço.

“Os números mostram que São Sepé teve um crescimento bastante considerável de veículos nos últimos anos. Isto impacta diretamente no dia a dia. O Plano de Mobilidade vai responder estas questões, sugerindo quais as medidas podem ser feitas em relação sinalização, estacionamentos, etc, mas uma das coisas que já percebemos é que o transporte público pode ser melhor explorado nesse sentido, sendo assim interessante ao uso da comunidade”, exemplificou.

 


Como é:

Hierarquia Viária Atual

Como pode ficar:

Hierarquia Viária Proposta


Apesar do estudo ser ainda prévio e haver a possibilidade de alteração, a equipe da empresa Urbana (vencedora da licitação do PlanMob) sugeriu uma nova organização das vias da cidade. “Em nossos estudos percebemos que o centro é muito priorizado, o que é de certa forma natural, mas ao traçar melhor as vias podemos deixar o fluxo mais dinâmico. Em termos técnicos, a sugestão demonstra que ao invés de poucas vias arteriais (termo técnico para trechos principais), seria possível dividir o município em frações maiores onde haveriam vias arteriais (principais, onde circulariam também os ônibus, por exemplo), vias coletoras, que fariam a ligação entre as arteriais, e, por fim, as vias locais, que dão acesso a lugares específicos. “Dessa forma a cidade passaria a ter uma nova divisão e o poder público pode passar a analisar essa delimitação para buscar recursos que serão investidos”, frisou Marcelo.

Temas como a pavimentação de asfalto também foram debatidos. “É uma ideia para as vias principais, mas a questão do asfalto também deve ser debatida porque torna o solo menos permeável e facilita pontos de alagamento, por exemplo. Porém, será um tema abordado no PlanMob”, disse.

Nas próximas semanas, equipes da empresa e do Executivo devem percorrer as ruas da cidade para analisar se a delimitação proposta pode ser levada adiante. Antes de aprovado, o Plano de Mobilidade Urbana ainda será levado mais uma vez para apreciação da comunidade.

 

Guilherme Motta