O agravamento da pandemia nas últimas semanas também apresentou reflexos no sistema prisional gaúcho. O total de presos contaminados aumentou quase quatro vezes nos primeiros 70 dias de 2021. Conforme o boletim da Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), eram 25 infectados em 1º de janeiro, contaminação que avançou para 93 presos em 11 de março, crescimento de 272%. Atualmente, 25% das 152 casas prisionais têm casos confirmados ou suspeitos de covid-19 – em janeiro, 15% das unidades estavam nessa situação.
A unidade prisional de São Sepé, no entanto, vai na contramão dos dados: desde o início da pandemia até esta semana não há registros de contaminados entre apenados e agentes.
Segundo a direção da casa prisional que conta com 90 apenados o dado positivo é reflexo do trabalho cuidadoso com aferição de temperatura, batimentos cardíacos e oxigenação do sangue, realizados no acesso ao Presídio, além do uso constante de álcool gel e da máscara.
Já as pessoas que estão em circulação e passam a ser detidas passam por um período de isolamento preventivo. Depois do período e antes de se reunir aos demais, eles são testados. Diariamente é realizada desinfecção dos espaços do local. O material fornecido e as orientações são da 2ª Delegacia Penitenciária Regional.
Em todo o país, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 147 presos morreram por coronavírus até 8 de março, sendo que 46,9% dos casos ocorreram no Sudeste e 17% foram registrados no Sul. O RS é o terceiro Estado com maior número de mortos no Brasil, atrás de São Paulo (38) e Rio de Janeiro (16).
* Com informações GaúchaZH
