A farinha do bolo que levou três pessoas à morte, em Torres, estava contaminada com altas doses de veneno. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira, em coletiva da Polícia Civil, um dia após a prisão de uma mulher apontada como suspeita do crime. Ela seria a nora de Zeli dos Anjos, que fez a sobremesa.
De acordo com o resultado da perícia, a quantidade de arsênio na farinha era de 65 gramas por quilograma, cerca de 2,7 mil vezes maior do que a concentração do veneno encontrada no bolo. O item foi encontrado em Arroio do Sal, durante buscas na casa da mulher que fez o doce.
Os exames também apontaram a presença da substância em dois sobreviventes e no corpo de uma das vítimas, em quantidades que superavam de 80 a 350 vezes a dose considerada letal. Isso exclui por completo as chances de intoxicação alimentar como causa das mortes.
“Foram encontradas concentrações altíssimas de arsênio no bolo e nas amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal das pessoas contaminadas. Ou seja, isso exclui completamente qualquer possibilidade de intoxicação alimentar”, afirmou a diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP) Marguet Hoffmann.