Mesa Diretora da Câmara suspende sessão que daria aumento salarial à funcionalismo

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Uma sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de São Sepé que seria realizada nesta segunda-feira, às 18h, terminou em impasse e muita discussão. Na pauta haviam pelo menos dois projetos relacionados à ajustes salariais dos funcionários e dos professores do município.

Tudo começou ainda pela manhã. Após reunião entre membros do SIMUSS (Sindicato dos Municipários de São Sepé) com os vereadores e que também contou com a participação do prefeito Léo Girardello e do secretário de Finanças, Jonas Lopes, a classe estava tranquila quanto a aprovação do projeto que previa reajustes no salário básico dos servidores. Não era a mesma opinião dos professores municipais, que através do seu sindicado (SIPROMUSS), fez um pedido à Câmara para que não aprovasse o projeto de reajuste da classe. Entendendo a argumentação dos professores que pediam mais tempo para debater o assunto, a maioria dos vereadores mantinha a expectativa de votar – dentre outros projetos da pauta – apenas o tema ligado ao SIMUSS, que estava de acordo com a nova classe salarial.

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Mas o que surpreendeu os servidores na tarde desta segunda-feira foi o cancelamento da sessão pelo atual presidente Marco Filipini. Ele alegou que a Mesa Diretora da Casa não deixaria de votar apenas um projeto e suspendeu o encontro. Filipini teria alegado que o executivo envia muitos projeto à Câmara pouco tempo antes da votação, o que impediria um estudo dos assuntos. Mas o grande impasse surgiu após os funcionários públicos descobrirem que sem a votação e aprovação do tema os salários teriam uma grande redução no próximo mês. O secretário do SIMUSS, Euclides Aires, dá o exemplo dos trabalhadores que tinham os menores rendimentos. “Antigamente o salário básico era de R$ 370,00 e este número era complementado para se chegar ao mínimo. No ano passado o número passou para R$ 570,00 e neste ano passaria para pouco mais de R$ 770,00 o que diminuiria a distância do básico dos funcionários. A partir deste valor, todos os benefícios seriam calculados por um valor mais alto”, explicou Euclides salientando que no exemplo citado sem a aprovação do projeto o salário do mês de janeiro deve ficar próximo dos R$ 580,00.

Alguns vereadores se demonstraram inconformados com a atitude do presidente da Casa em não realizar a sessão. Os vereadores Gilvane Moreira e Onéssimo Curto, por exemplo, disseram que o projeto dos funcionários poderia ser aprovado sem problemas e que o assunto dos professores poderia ser discutido posteriormente. O prefeito Léo Girardello disse que o aumento é um dos maiores já realizados. “Estamos tendo a coragem de mexer nesta questão que há tantos anos prejudica os funcionários. Não é uma tarefa fácil porque envolve a vida e o trabalho de centenas de pessoas, mas estávamos fazendo o possível para melhorar”, disse Girardello destacando que o maior aumento seria para os servidores que possuem remuneração menor.

Com a situação, o grupo chegou a ameaçar não deixar o plenário até que a pauta seja posta em votação. O presidente da Câmara ficou por alguns minutos trancado em um das salas da Câmara. Em uma brecha dos servidores, acabou saindo do local sem dar explicações.

O assunto deve voltar a ser discutido durante a semana.