A mensagem vem de um desconhecido, mas o conteúdo assusta e, por vezes, parece ser de alguém muito próximo. Na verdade, o objetivo é um só: usar do medo para extorquir.
É crescente o número de casos registados em São Sepé de mais uma forma de golpe virtual. Desta vez, a história tem como ponto de partida o envolvimento com grupos criminosos para fazer com que a vítima tenha receio e faça transferências financeiras que podem alcançar os milhares de reais.
Tudo funciona assim: supostamente você está envolvido em denúncias relacionadas a um grupo criminoso da cidade. É como se, por sua culpa, criminosos tenham sido denunciados e, agora, querem acertar as contas. E pode piorar, pois seus familiares também podem estar correndo risco.
“É sempre em um tom muito forte de ameaça (a maior parte em áudio), desde o primeiro contato, como se nós (vítimas) tivéssemos denunciado algo da facção no município. Hoje, contando, parece bobagem, mas dado o contexto e muitas vezes distância dos familiares, acabamos nos envolvendo”, revela uma empresária que por pouco não caiu no golpe.
De acordo com a Polícia Civil o número de pessoas que procuram a instituição tem crescido e a prática é mais uma no leque de modalidades usadas pelo golpistas. É o mesmo cenário apontado pela Brigada Militar em que os relatos são recorrentes.
A orientação vai sempre na linha da prevenção: não informar telefone nas redes sociais; configurar os aplicativos (como o WhatsApp) para não exibir foto e dados de forma pública e sempre desconfiar. Tudo com intuito de dificultar a coleta de informações dos criminosos.