O Rio Grande do Sul está projetando a maior produção de grãos de sua história, conforme o levantamento da safra 2024/2025, divulgado nesta sexta-feira (15) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A previsão é de 38,35 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 3,3% em relação ao ciclo anterior. A área plantada também deve crescer 0,7%, totalizando 10,48 milhões de hectares.
“Esse resultado positivo é impulsionado, principalmente, pela expectativa de recuperação na produtividade do arroz e da soja. Atualmente, o Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição entre os estados que mais produzem grãos, atrás de Mato Grosso e Paraná, e é responsável por 12% da safra nacional”, declarou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Para a soja, a previsão é de uma safra de 20,34 milhões de toneladas, aumentando 3,5%. A principal cultura do estado deve ter um incremento na área cultivada, alcançando 6,84 milhões de hectares, com um aumento de 74,4 mil hectares, ou 1,1% a mais do que na safra 2023/2024. Segundo o levantamento atual da estatal, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de soja do Brasil, atrás de Mato Grosso e Paraná.
Quanto ao arroz, a expectativa é de que a produção chegue a 8,25 milhões de toneladas, em uma área de 988 mil hectares, com aumentos de 15,3% e 9,7%, respectivamente. O crescimento da área cultivada é observado em todas as regiões produtoras, especialmente no Sul e na Fronteira Oeste.
O volume projetado para o feijão preto e colorido é de 76 mil toneladas, um aumento de 6% em relação à safra anterior. As lavouras destinadas ao plantio ocupam 49,4 mil hectares, apresentando uma elevação de 1,9%. A semeadura do feijão preto de primeira safra já atinge 65% da área total prevista, enquanto o cultivo do feijão colorido começará apenas em dezembro.
A produção de milho deve chegar a 4,3 milhões de toneladas, representando uma queda de 11,4%. Também há uma expectativa de redução de 11,7% na área cultivada em comparação à safra anterior, totalizando 719,6 mil hectares. Entre os fatores que contribuem para essa diminuição estão o alto risco de perdas devido à estiagem, o aumento da incidência de cigarrinha nas lavouras, que eleva os custos de controle, e a troca por culturas mais rentáveis.
A Conab também monitora a cultura do trigo da safra 2023/2024, com uma previsão de produção de 4,19 milhões de toneladas. O levantamento indicou uma queda de 10,6% na área cultivada com o cereal, totalizando 1,34 milhão de hectares, mas com uma boa produtividade. A escassez de sementes de qualidade e a alta suscetibilidade da cultura a perdas, devido a geadas e chuvas, são apontadas como alguns dos principais fatores que motivaram a redução da área.
Produção nacional de grãos
A segunda estimativa da Conab para a safra nacional de grãos indica um volume de produção de 322,53 milhões de toneladas no País, um aumento de 8,2% na comparação com o resultado obtido no último ciclo, o que representa cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas.
No geral, os agricultores deverão semear ao longo deste ciclo 81,4 milhões de hectares, ante os 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/2024.