Emater prevê produção de 860 mil toneladas de uva nesta temporada no RS. São Sepé está no mapa da vitivinicultura.

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A safra de uva de 2025 no Rio Grande do Sul poderá ser ainda maior do que o previsto. Isso porque a Emater-RS/Ascar ampliou a estimativa apresentada pelo setor da vitivinicultura gaúcha no início deste mês.

Os dados da extensão rural, divulgados nesta quarta-feira, dia 22, apontam para uma produção de 860 mil toneladas de uva, 55% acima do obtido em 2024, quando os parreirais sofreram com as chuvas e com a umidade.

Em previsão anterior, Rebellatto indicou uma colheita de 700 mil toneladas, 45,83% acima das 480 mil toneladas do ciclo 2023/2024. Nesta quarta-feira, Rebellatto disse que o setor, incluindo a indústria, mantém o prognóstico anterior.

O cálculo da Emater-RS contempla a fruta com destinação comercial, ou seja, para transformação industrial (745 mil toneladas), doméstica (15 mil toneladas) e para consumo in natura (100 mil toneladas).O levantamento da Emater-RS foi realizado em 55 municípios, 49 dos quais da região de Caxias do Sul e seis das regiões administrativas de Lajeado e de Passo Fundo. Na região central do estado também tem números que impressionam, o munícipio de São Sepé vem despertando o cultivo dos parreirais, e nesta temporada deve ter uma colheita estimada em 14 toneladas. O cultivo nesta região do estado é recente, mas bastante promissor, como nos informa a Emater. Em São Sepé acontece anualmente a Festa da Uva, que em 2025 ocorrerá nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro.

Desenvolvimento surpreendente

“A colheita da variedade mais cultivada na região, a Bordô, que deveria acontecer em fevereiro, foi antecipada em 20 dias, o que indica que a Vindima poderá encerrar no final do mês de fevereiro”, afirma o texto divulgado pela Emater-RS. De acordo com a entidade, as cultivares super precoces e precoces apresentaram ótima sanidade das bagas, coloração e teor de açúcar.

O engenheiro agrônomo do Escritório Regional da Emater de Caxias do Sul, Enio Ângelo Todeschini, destaca que a evolução da safra 2024/2025 é surpreendente, em razão do excesso de precipitações no outono e inverno, que manteve o solo saturado de água por quatro meses.

“As uvas estão muito sadias. O clima seco vai propiciar uma maturação perfeita, como se confirmou nas que foram colhidas. O consumidor pode aguardar excelentes vinhos, espumantes e sucos. A safra 2025 terá uma particularidade na sua excelência de uva e derivados”, afirmou Rebellatto.