Em pronunciamento, Lula fala em soberania nacional e diz que Brasil não será colônia de ninguém

0
161

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, 6, que o Brasil não será novamente ‘colônia de ninguém’. Em pronunciamento pelo Dia da Independência, Lula diz que o País não aceitará ordens de ‘quem quer que seja’.Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro’, disse Lula.

O Brasil trava uma batalha comercial com os Estados Unidos desde que o presidente Donald Trump impôs tarifas de até 50% a produtos brasileiros. Ao anunciar as tarifas, Trump fez críticas ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o presidente dos EUA também mencionou a regulação das big techs.
Durante seu pronunciamento, em um recado à família Bolsonaro, Lula chamou de ‘traidores’ políticos que estimulam ataques ao País.

‘É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará’, afirmou.

Lula defendeu a independência entre os Poderes e disse que o País cumpre a Constituição Federal. ‘Isso significa que o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da justiça brasileira, ao contrário do que querem impor ao nosso País.’

O presidente também falou a favor da regulação da redes, que tem sido usada por Trump como argumento para impor tarifas ao Brasil.

‘Reconhecemos a importância das redes digitais. Elas oferecem informação, conhecimento, trabalho e diversão para milhões de brasileiros, mas não estão acima da lei. As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres’, disse.