Agro prepara índice para riscos que afetam o setor

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Desenvolvida em ação apoiada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Mundial, ferramenta deverá estar disponível até fevereiro de 2026

Em ação apoiada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Banco Mundial, entidades vinculadas ao agronegócio gaúcho trabalham para desenvolver um índice de percepção de riscos climáticos, de mercado e institucional para o setor. Batizado de Índice Agro-gestão Integrada de Riscos (Agir), a ferramenta tem seu desenvolvimento impulsionado pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), de Piracicaba (SP). A previsão é que o indicador esteja disponível até fevereiro de 2026, contribuindo para a elaboração de políticas públicas.

“Nossa intenção é melhorar o agronegócio nacional”, diz o professor Gilson Martins, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná.

Martins apresentou o projeto na semana passada ao vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Lopes Velho, e representantes de entidades como Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Emater-RS/Ascar, Instituto Rio Grandense do Arroz, Sistema Ocergs, Senar e secretarias de Meio Ambiente (Sema) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O professor compara o indicador ao índice de confiança, que mensura o nível de otimismo ou pessimismo em relação a diferentes aspectos da economia. Ruy Silveira Neto, economista da Farsul, explica que a tarefa inicial é a elaboração de um questionário que fornecerá dados para o estabelecimento do instrumento. O questionário deverá ser aplicado a um universo de cerca de 400 pessoas.

O índice terá abrangência estadual e nacional. Martins ressalta que o encontro na Farsul evidenciou a necessidade de ofertar também avaliações regionais. A assessora ambiental da Farsul, Paula Hofmeister, salientou a validade do indicador para a “construção do futuro” da agropecuária gaúcha.

“Isso possibilitará uma assertividade muito maior para o planejamento de nossas potencialidades”, disse Paula.