




As ligações clandestinas de energia elétrica são responsáveis por uma conta que acaba sendo paga por todos os clientes regulares que não cometem infração alguma. Por ano, apenas na área de concessão da AES Sul, composta por 118 municípios (incluindo São Sepé), o prejuízo chega a R$ 35,6 milhões, sendo R$ 28 milhões com diferentes tipos de irregularidades e R$ 7,6 milhões com as ligações clandestinas, conhecidas como “gatos”.
Durante o ano de 2015, a companhia identificou 3 mil fraudes em medidores, com um volume de perda de energia na ordem de 55 GWh (gigawatt/hora), volume que equivale ao fornecimento de energia elétrica para um município do porte de Estância Velha durante o ano inteiro.
Estima-se que na área de concessão existam 8 mil ligações clandestinas. Uma das formas mais comuns de fraude é o furto de energia elétrica, um crime passível de punição. O roubo de energia gera consequências graves, pois são redes construídas de maneira precária e sem qualquer tipo de proteção e controle elétrico, ou seja, com a ausência de equipamentos básicos e específicos para proteção das instalações.
Os principais perigos são a sobrecarga de transformadores, cabos e os riscos de incêndios, choques elétricos, interrupção no fornecimento de energia, queima de equipamentos e morte de pessoas. Ou seja, as ligações clandestinas atingem não somente o fraudador, mas toda a população em torno dele. Pelo lado financeiro, os prejuízos milionários causados pelos “gatos” não recaem apenas sobre as empresas, mas também para a população. Isso porque as ligações clandestinas contribuem para o aumento tarifário, quando ocorre a revisão do valor da tarifa, as perdas comerciais são embutidas nela.
“Estamos intensificando a fiscalização e a regularização das ligações clandestinas, com programa de educação, por meio de palestras para o uso racional da energia elétrica. Essas regularizações fazem parte do Programa Transformando Consumidores em Clientes, voltado para famílias de baixo poder aquisitivo que são beneficiadas com o kit padrão para entrada da energia na residência. Por meio de nossos agentes comerciais, vamos até as comunidades e visitamos a casa de cliente por cliente para levantamento das informações”, destaca a empresa.
No ato da visita, o agente já substitui todas as lâmpadas incandescentes que o cliente possui, e se autorizado, são realizados os levantamentos para substituição de chuveiros, geladeira, reforma interna, reforma externa e instalação do coletor solar. Após isso, todas as informações são analisadas por uma equipe, para que sejam selecionados os clientes que serão beneficiados.
* AES Sul
