Hoje, 4 de abril, completa um ano de um crime que deixou a todos estarrecidos, o assassinato do menino Bernardo Boldrini. Não bastasse o fato de ser uma criança inocente, o crime ter sido cometido pela madrasta e supostamente acobertado pelo pai é que fez com que aquele aperto no peito fosse mais forte.
Aperto no peito porque a cada notícia trágica como esta é assim que reagimos, aquela lágrima que insiste em sair e que muitas vezes rola pelo rosto, a sensação de impunidade, o desejo de fazer algo.
Na quinta-feira, mais um anjo se calou, os noticiários falam do pequeno Eduardo, de 10 anos, baleado no Rio de Janeiro, mas logo cairá no esquecimento, assim como tantos, menos para a sua mãe, que chora a ausência do filho que tinha o desejo de ser bombeiro e salvar vidas.
A mãe exclama que todas as chances do filho foram tiradas e esta é a dor de tantas mães pelo Brasil e pelo mundo, não importa a cor, o credo e a condição social.
Que a morte destes pequenos não se torne apenas números, e que nenhuma criança venha a sofrer as consequências de atos praticados por pessoas que os deveriam proteger.
Bernardo e Eduardo eram crianças e tinham sonhos, o primeiro era herdeiro de uma família tradicional, o segundo morava em uma favela, ambos só queriam brincar, ambos queriam correr, só queriam viver.
Bernardo pediu socorro, clamou para que vissem que estava a sofrer, Eduardo talvez nem tivesse tempo de pedir ajuda e na porta de sua casa veio a falecer. Li comentários durante o dia de pessoas fazendo descaso da morte de Eduardo. A violência apresenta números alarmantes e vidas vão sendo ceifadas como se isso fosse uma prática normal. Renato Russo há anos já perguntou: Que país é esse?
Só nos resta rezarmos por estas vidas que tão abruptamente acabaram.
Rezemos por Bernardo, Eduardo e por todas as crianças que não terão a chance de crescer, realizar seus sonhos e quem sabe transformar o mundo.
A oração neste momento é o nosso maior presente. Vamos pedir para que nossos anjos não se calem!
Menos violência, MAIS AMOR!!!