Bombear água represada na área metropolitana de Porto Alegre, e fechar provisoriamente pontos críticos, é a meta do Governo Federal, diz Pimenta.

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O governo federal está mobilizando esforços para lidar emergencialmente com a atual crise hídrica no Rio Grande do Sul e para implementar medidas preventivas para o futuro. Esse foi o saldo da recente live em que participaram os ministros Paulo Pimenta, Waldez Góes e Renan Filho, destacados na secretaria para reconstrução do Rio Grande do Sul, que elucidou as estratégias emergenciais e projetos estruturantes que o governo vislumbra para garantir a segurança hídrica da região.

Entre as medidas imediatas discutidas estão o bombeamento de água represada em diversas regiões da área metropolitana e o fechamento provisório de pontos críticos. Para isso, os ministros citaram que estão dando andamento à articulação com governos de outros estados para a disponibilização de recursos, visando ampliar as capacidades de resposta às emergências.

O diálogo com prefeitos e governadores de outros estados foi citado como parte do esforço de colaboração e apoio mútuo. “Articulação com governos estaduais que têm esses equipamentos [bombas de água] e que possam disponibilizar […] bombas de São Paulo, bombas em Alagoas, bombas no Ceará — já contatos feitos — possivelmente alguma também que trabalha na transposição do São Francisco”, citou o ministro. Segundo Pimenta, as Prefeituras também poderão incluir a contratação de serviços como o bombeamento de água nos planos de trabalho que são entregues por elas à Defesa Civil.

No âmbito do planejamento estrutural, foi destacado que o presidente Lula reforçou a seus ministros a importância de resgatar e fortalecer projetos de infraestrutura, como os diques construídos para evitar enchentes.

O Ministro Renan Filho, dos Transportes, explicou que três estudos devem ser contratados para avaliar soluções técnicas e científicas. Essas pesquisas abordariam a contenção das águas na serra, a drenagem mais eficiente da Lagoa dos Patos e a recuperação dos diques, considerando o crescimento urbano da região.

“O primeiro deles [estudos] diz respeito a como a gente pode conter as águas ainda na serra. […] O Segundo ponto é: como a gente pode fazer para drenar mais rapidamente em caso de subida o lago do Guaíba, a Lagoa dos Patos. Porque demora muito para ela drenar as suas água. […] E o terceiro é: quais são as obras que precisam ser feitas nos diques, à luz do crescimento das cidades”, explicou o ministro.

Já Paulo Pimenta ressaltou a necessidade de uma abordagem integrada, envolvendo não apenas o governo federal e estadual, mas também os municípios e a sociedade civil. Citou que uma reunião está marcada para esta sexta-feira, 16, para a qual estão convidados o governador Eduardo Leite, assim como os prefeitos da região metropolitana.

Pimenta enfatizou a importância de um planejamento cuidadoso e de uma gestão compartilhada para garantir a eficácia das medidas adotadas. “A crise hídrica no Rio Grande do Sul exige uma resposta urgente e estrutural. Estamos comprometidos em promover ações imediatas para ajudar as pessoas afetadas e, ao mesmo tempo, em planejar soluções de longo prazo para evitar que situações como essa se repitam no futuro”, afirmou o ministro.

Fonte: Correio do Povo

Foto: Nelson Almeida / AFP / CP