Condenado a mais de 31 anos de prisão pela morte do filho Bernardo Uglione, em 2014, Leandro Boldrini segue com o registro de médico ativo e pretende retomar a profissão. É isso que indica o pedido feito à Justiça para que possa deixar a cadeia, neste domingo (19), para fazer uma prova de seleção para residência médica em Santa Maria.
Cirurgião geral, Boldrini obteve a autorização judicial para realizar o exame, que deve ocorrer na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Geralmente, quando um médico já formado e com registro decide fazer uma residência, é para obter especialização em uma nova área da medicina.
Até a publicação desta reportagem, a defesa do médico não havia informado à Justiça o local e o horário da prova de domingo.
Aos 48 anos, Boldrini cumpre pena no regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria. Recentemente, ele foi flagrado ao sair de um Centro de Formação de Condutores (CFC), em Santa Maria, ao ir renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Na ocasião, ele ainda usava tornozeleira eletrônica.
Em 7 de novembro, o réu deixou de usar tornozeleira e retornou ao presídio para cumprir o restante da pena. O pedido para que ele voltasse à prisão partiu do Ministério Público (MP), que alegava que o médico não teria direito a ficar em casa com monitoramento eletrônico.
Nas dependências da casa prisional, Boldrini realiza atividades de limpeza e manutenção do pátio.
o que diz
Procurada na sexta-feira, a defesa de Leandro Boldrini não quis comentar sobre o motivo de o médico se inscrever para a residência médica, e alegou “se tratar de questão pessoal” do seu cliente.
