




O ex-prefeito de Santa Maria e atual secretário municipal de planejamento e assuntos estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, prestou depoimento no fórum de Porto Alegre no oitavo dia de julgamento do caso kiss. Prefeito na época da tragédia, Schirmer disse na oitiva que governou uma “cidade traumatizada pela tragédia”.
Schirmer foi testemunha arrolada pela defesa de Elissandro Spohr (Kiko). No depoimento, o ex-prefeito citou que a boate foi multada diversas vezes por conta do alvará estar vencido. Porém, segundo ele, a casa noturna não poderia ser fechada, uma vez que ela atendia os demais requisitos para estar funcionando.
Sobre o inquérito aberto em março de 2013 pela Polícia Civil indiciando ele e mais 27 pessoas como responsáveis pela tragédia, Schrimer se defendeu: “O inquérito não tinha nenhuma coerência. Polícia indiciou o chefe da fiscalização e não indiciou a secretária da Fazenda”, argumentou e completou suspeitando do trabalho dos policiais, “era notória má vontade da polícia”, disse.
Segundo Schirmer, ele não tem responsabilidade, nem culpa pelo incêndio que vitimou 242 pessoas em janeiro de 2013. Em seu relato no júri, o ex-prefeito jogou a responsabilidade sobre a fiscalização da boate ao Ministério Público e Bombeiros.
Em protesto, os pais e familiares que acompanham o julgamento há oito dias saíram do plenário durante a oitiva de Cezar Schirmer. Um a mãe que estava no local passou mal e precisou de atendimento na tenda do acolhimento montada pelo exército. A mãe passa bem, foi apenas um mal-estar, segundo informações colhidas pela imprensa no Fórum de Porto Alegre.
