Ele era o meteoro que caia, o sol que não nasceu
A estrela que brilhava e que da lua se escondeu
A mente que escrevia, que no papel se converteu
A crença que existia e que na hipocrisia morreu
A caneta que dissertava, ali não se encontra mais
O cantor que recitava, nos poemas encontrou a paz
A vida que foi perdida, em prantos aquela mãe chorou
O sossego que foi perdido, em versos o poeta cantou
Os pássaros cantavam, enquanto a chuva sobre o caixão caía
Os choros foram entrelaçados, enquanto aquela alma do corpo saia
As escritas foram afundadas, quando a caneta rasgou o papel
As orações foram escutadas, no percurso da alma ao céu
O vento soprava, aos quatro cantos tão sublime
O sol apareceu, como uma cena de filme
As montanhas entenderam, que o topo se tornou algo tão doloroso
Que mesmo que o tempo esteja aberto, o clima sempre será perigoso
O que fazer?
O que dizer?
O que olhar?
O que viver?
O que sentir?
O que chorar?
O que ler?
O que falar?
O que?
O que? Por que tantas dúvidas ainda existem em mim?
Será a dúvida da continuação da vida, ou o medo dela possuir um fim?
O que será que nos reserva, quando frente a frente aos nossos medos a gente ficar?
O que será que o mais cético acha, quando perceber que em outras vidas vamos voltar?
Será mesmo, que tudo isso não passou de uma ilusão?
Será mesmo, que o estrofe não se encaixa também no refrão?
Será mesmo, que não pedimos e nem compreendemos o real perdão?
Ou será mesmo, que o sol e a lua, não se encontram as escondidas, como dois jovens, em uma noite de verão?
Handrey Lima