Autismo é tema da tribuna livre na Câmara de São Sepé

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A tribuna livre da Câmara de São Sepé foi ocupada por Camila Rosa, na sessão ordinária de terça-feira, 3, representante da Associação de Familiares e Apoiadores dos Autistas de São Sepé. Durante sua fala, Camila abordou assuntos ligados a Semana dos Autistas, que teve início na segunda-feira, 2, com uma caminhada de conscientização e o pedágio solidário.

Em 2017, os vereadores aprovaram dois importantes projetos para a causa autista em São Sepé: a criação do dia municipal e a adesivação de estabelecimentos públicos e privados com o símbolo mundial da conscientização do TEA, informando o atendimento prioritário.

De acordo com Camila, no município estima-se que 200 pessoas possuem autismo. No entanto, o Centro Especializado atende apenas 23 pessoas, um número considerado baixo. “Onde estão as demais, os adultos que não tiveram seu diagnóstico, por isso nosso trabalho é importante”, destacou Camila, que também falou sobre as críticas que são feitas. “Muitas pessoas falam que autismo virou moda. Eu garanto a vocês que nós pais daríamos a vida para não estar nessa moda”, afirmou ela.

Camila também falou sobre o trabalho que vem sendo realizado no centro de apoio as famílias, que possibilita o desenvolvimento das crianças portadoras do autismo e a sua inclusão na sociedade. “Não é um paciente do CAPS, da APAE, essas crianças precisam de atendimento especializado e nós engatinhamos nesse processo, pois temos necessidades e carência de materiais pedagógicos”, ressaltando as medidas de cortes de despesas da Prefeitura, que atinge o centro. “Nossas crianças não estão tendo acesso a todos os profissionais que precisam”, afirmou.

Outro ponto falado por Camila, são os autistas nas escolas municipais. Segundo ela, a secretaria de Educação vem fazendo um trabalho intenso disso, dando suporte para estas crianças, mas a inclusão escolar ainda carece de alguns recursos. “Infelizmente não temos monitores disponíveis para todos eles, as crianças estão apenas frequentando a escola, sem um atendimento qualificado que é preciso”, alertou Camila.

Ao final de sua fala, ela pediu a sensibilização dos vereadores com o tema. “A gente pede o apoio, de que forma nossas ideias podem chegar até vocês, como a causa do autismo, que é questão de saúde pública, pode sensibilizar a todos”, questionou.

 

 

Fonte: A.I. Câmara de São Sepé