Câmara de Vila Nova do Sul abre CPI para investigar suposta compra irregular de material escolar

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A Câmara de Vereadores de Vila Nova do Sul abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta compra de material escolar sem licitação no município. A compra teria chegado a quase R$ 500 mil. As informações são da Rádio Gaúcha SM.

A iniciativa de pedir a abertura da CPI veio a partir das denúncias do ex-secretário de Administração do município, Alaor Raimundo. Em 2015, depois de ter saído do Executivo, ele fez denúncias de irregularidades na prefeitura em uma rádio local. A partir daí, o vereador Cezar Oliveira se apropriou das informações e propôs a investigação.

Segundo Oliveira, a compra dos livros didáticos das empresas Name e Dom Bosco foi feita em 2011, e o material foi utilizado pela rede municipal de ensino entre 2011 e 2014. O vereador estima que o valor pago, sem a abertura de licitação, é bem acima de R$ 450 mil.

Agora a CPI investiga se isso de fato aconteceu. Os vereadores que integram a comissão são Cezar Oliveira, João Cavalheiro e Carlos Andreazza. Até a próxima segunda-feira, eles deverão definir quem é o presidente e quem é o relator da CPI. A comissão tem 90 dias para apresentar alguma prova ou descartar a investigação.

 

O que diz o prefeito Sérgio Coradini?

Em nota, o prefeito de Vila Nova do Sul, Sérgio Coradini, disse que se coloca à disposição da Câmara de Vereadores e dos meios de imprensa para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a abertura da CPI. Coradini salientou que é papel da Câmara investigar, mas ele não admite o que considera um “pré-julgamento sem provas concretas”.

“O que existe é a injusta e irresponsável explanação de um ex-secretário, exonerado, apenas com fim eleitoreiro. Se suspeitava da existência de algum ilícito e não denunciou a época deve ser porque era conivente. Porque não denunciou antes, só agora as vésperas de um pleito eleitoral? Por fim, o Tribunal de Contas do Estado tem acesso e conhecimento de todos os contratos celebrados por este Município, pois tem a competência e a obrigação de fiscalizar. E nestes 24 anos de história política nunca estive envolvido em suspeitas de irregularidades e não será no meu último ano de mandato que mancharei toda essa história”, disse o prefeito em nota.

 

 

Guilherme Motta