Paleontólogos descobrem fóssil de 250 milhões de anos na região

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Já pensou encontrar um fóssil que viveu há 250 milhões de ano na região? Paleontólogos descobriram o crânio bem conservado de um réptil primitivo nunca antes descrito pelas equipes que pesquisam estes animais que viveram muito antes da terra ser habitada por humanos. A nova espécie recebeu o nome de inspiração indígena Teyujagua paradoxa. Na língua guarani, Teyujagua significa “réptil feroz”.

O fóssil foi encontrado no começo de 2015, durante um trabalho de campo na formação geológica Sanga do Cabral, na cidade de São Francisco de Assis. De acordo com o paleontólogo Felipe L. Pinheiro, professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), a espécie descoberta tem características intermediárias entre os répteis primitivos e o grupo dos arcossauriformes, do qual fazem parte os dinossauros e os pterossauros, além das aves e jacarés atuais. O achado, portanto, traz informações importantes sobre início da evolução desse grupo.  Segundo Pinheiro, essa formação já era conhecida por ter fósseis, mas os que tinham sido encontrados até então eram pequenos e fragmentados.

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Ele conta que logo que seu grupo encontrou o crânio de 11 cm, teve certeza de que era uma coisa nova.  O Teyujagua paradoxa era um réptil quadrúpede que tinha no máximo 1,5 m de comprimento, dentes serrilhados e curvados e narinas posicionadas no topo do focinho, o que se encontra geralmente em animais aquáticos ou semiaquáticos. Era um animal carnívoro generalista, ou seja, não muito seletivo quanto ao seu cardápio, alimentando-se de anfíbios e pequenos répteis.

“É uma formação muito importante porque registra uma época da história da vida na Terra logo após uma grande extinção que ocorreu no final do período permiano. A formação é do triássico inferior e registra uma etapa em que a vida está se reestruturando após essa extinção em massa”, diz o paleontólogo. Essa grande extinção, ocorrida há 252 milhões de anos, eliminou cerca de 90% das espécies do mundo.

* Com informações G1 RS

Guilherme Motta