A atual distribuição de recursos do pacto federativo (União, Estados e Municípios) e a queda nos repasses para as cidades foi tema de debate durante a manhã desta sexta-feira, 25, em São Sepé. A exemplo da grande maioria das cidades do Rio Grande do Sul, o executivo sepeense atuou em expediente interno como forma de chamar atenção da população frente a crise.
O encontro reuniu secretários e chefes de setores no auditório da Fundação Cultural Afif Jorge Simões Filho. O primeiro a falar foi o prefeito Léo Girardello. Ele citou o esforço do executivo em manter o atendimento à população mesmo com a redução dos recursos. Também destacou que apesar das dificuldades o município sepeense se antecipou em algumas medidas como forma de proteger a economia local.
“Como as expectativas apontavam para redução começamos a chamar atenção dos colegas já em janeiro e intensificamos em junho com a publicação de um decreto onde pedimos a redução de aproximadamente 20% de cada setor. São momentos difíceis, mas precisamos passar por este período que certamente vai se estender por algum tempo”, frisou Girardello.
O secretário de Finanças, Jonas Lopes, falou sobre a estimativa da queda de aproximadamente R$ 4,5 milhões no orçamento levando em conta as perspectivas para o ano.
“Estamos em uma crise que não depende apenas do município e temos que saber nos posicionar diante deste quadro. Nossa previsão no orçamento de R$ 61 milhões está estimada para se consolidar em cerca de R$ 57 milhões. Ao mesmo tempo, o município não pode deixar de cumprir suas obrigações”, salientou.
Na apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2016 (LDO), Lopes mostrou que expectativa para o orçamento do próximo ano deve ser menor do que o de 2015.
“A situação é preocupante, mas nossa equipe vai seguir traçando medidas para amenizar o cenário e esta visão de economia é imprescindível neste momento”, argumentou o secretário.
O “Movimento do Bolo” realizado no estado pede atenção da população quanto a atual distribuição das verbas no Brasil que atualmente está em 57% para a União, 25% para os Estados e 18% para os municípios. A iniciativa tem apoio da FAMURS e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
* Assessoria de Imprensa Prefeitura de São Sepé