Veja “Por Onde Anda” o sepeense Luiz Fernando Calil de Freitas

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O “Por Onde Anda, Sepeense?” conta com a participação do sepeense Luiz Fernando Calil de Freitas, que hoje reside em Porto Alegre. Acompanhe abaixo um relato da história de Calil.

 

História

Saímos de São Sepé, eu e minha esposa Tanira Mota de Freitas e nossa única filha então já nascida, Carolina Mota de Freitas, no início de 1987. Havíamos feito uma viagem em janeiro de 1987 por Bolívia, Peru, Chile e Argentina e pelo caminho decidimos que no retorno iriamos viver em Porto Alegre e que eu iria fazer concurso para o Ministério Público e/ou magistratura. Em 1989, já vivendo em Porto Alegre, fui aprovado em concurso para Promotor de Justiça, larguei o concurso para a magistratura que corria paralelamente, e fui, com a família, iniciar a carreira de Promotor de Justiça em Herval do Sul, tendo tomado posse em 19 de setembro de 1989. Um ano e dois meses depois pedi e obtive remoção para a Promotoria de Justiça de Jaguari, cidade em que nasceu meu pai, onde viveu meu avô paterno e que eu não conhecia. Vivemos seis meses em Jaguari e em agosto de 1991 fui promovido para Dom Pedrito, onde residiam os pais da minha esposa, Sérgio Pires Mota e Helena Mota. Foi a Comarca do interior onde residimos por mais tempo, e também a que me proporcionou iniciar a carreira de professor universitário em Santana do Livramento.

Calil de Freitas

Até final de 1994, permanecemos em Dom Pedrito; em fevereiro de 1995 pedi e obtive remoção para Canoas onde fui Promotor da Vara do Júri por apenas seis meses, logo sendo promovido para Porto Alegre. Desde 1995 moramos em Porto Alegre, já com mais dois filhos além de Carolina: Mariana Mota de Freitas e Caio Fernando Mota Calil de Freitas. Em Porto Alegre exerci minhas atividades na Coordenadoria das Promotorias Especializadas Cíveis, primeiro como Promotor responsável pela saúde pública no RS e em Porto Alegre, depois no controle da improbidade administrativa. Posteriormente fui exercer minhas atividades nas Turmas Recursais dos Juizados Especiais, e por fim como 1º Promotor do 1º Juizado da Fazenda Pública. Durante todo esse período mantive concomitantemente a atividade de professor de Direito Constitucional na ULBRA, na PUC e na UNIRITTER, tendo cursado Especialização em Direito Público na ULBRA, mestrado em Instituições de Direito do Estado na PUC. Em 19 de agosto de 2002 fui Promovido para o cargo de Procurador de Justiça. Em 2005 fui eleito membro do Conselho Superior do Ministério Público, tendo cumprido mandato de dois anos. Também em 2005 fui eleito Presidente da Fundação Escola Superior do Ministério Público do RS, tendo sido reeleito ao final do primeiro mandato, permanecendo até 2010 como Presidente.

Em 2006 a FMP foi autorizada pelo Ministério da Educação e Cultura e fundou sua Faculdade de Direito, da qual fui Diretor durante os dois primeiros anos. Entre 2007 e 2010 fui por duas vezes eleito Presidente do Colégio dos Diretores das Escolas dos Ministérios Públicos do Brasil. Entre 2008 e 2009, licenciado do cargo de Procurador e da Presidência da FMP, residi em Roma cursando doutorado em Direito na Scuola Dottorale Tullio Ascarelli da Università Roma Tre, tendo defendido a tese de doutoramento em 27 de maio de 2013. Atualmente exerço a função de Procurador de Justiça junto à 3ª Câmara Cível do TJ-RS e leciono Direito Constitucional na Faculdade de Direito da FMP e, como professor convidado, na Escola Superior do MP do Mato Grosso e na Scuola Dottorale Tullio Ascarelli.

 

O que lhe motivou a sair de São Sepé?

Isso tudo foi o que me motivou a sair de São Sepé, onde residem minha mãe Ligia Calil de Freitas e minhas irmãs, Maria Carmen Calil de Freitas e Cláudia Calil de Freitas Tonetto, além dos tios Michel Calil e Leda Calil que sempre foram muito próximos. Vamos a São Sepé com alguma frequência, sempre que possível, aproximadamente uma vez a cada dois meses.

Tenho muitas lembranças da infância e da adolescência em São Sepé, assim como muitos amigos queridos que vivem na cidade que sempre continuo considerando meu lugar no mundo. Várias vezes refiro-me a uma viagem a São Sepé com a expressão “ir pra casa”, mas tenho consciência de que será praticamente impossível voltar a viver um dia na cidade onde nasci. Filhos em Porto Alegre, trabalho, amizades, interesses em geral enraizados em Porto Alegre praticamente inviabilizam pensar no retorno.

 

O que acha de São Sepé?

São Sepé tem um lugar especial no meu universo particular, é o centro do mundo, e certamente nunca deixará de ser assim para mim, o sentimento é de vínculo indestrutível com a terra e cada lembrança, a cada momento, é sempre cheia de afeto e de saudade das pessoas e de tudo o que vivi. É verdade também que a cidade está muito transformada e as pessoas são quase todas desconhecidas, mas isso não muda o sentimento de pertença a São Sepé nem sua condição de referência.

 

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