Variedades diferentes de abelhas sem ferrão são apresentadas na Expoagro Afubra

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O público que visitou a parcela de Apicultura do Espaço Casa da Emater na 15ª Expoagro Afubra – que ocorre no Parque da Expoagro, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo -, tem a oportunidade de conhecer técnicas de produção relativas a 14 variedades de abelhas sem ferrão. No local, o produtor Flávio José Dupont, de Santa Cruz do Sul, ao lado de técnicos da Emater/RS-Ascar, tem repassado orientações sobre abelhas nativas, divisão dos enxames, polinização das espécies e sua importância para a sustentabilidade ambiental.

abelhas sem ferrão (2)

Dupont, que trabalha como funcionário público, tem a meliponicultura como uma grande paixão. Em Santa Cruz do Sul e em Imigrante, no Vale do Taquari, mantém sete meliponários, onde estão dispostas mais de 400 caixas. O trabalho, além de possibilitar a multiplicação das espécies, contribuindo para a manutenção do meio ambiente, também resulta em produção de mel, que comercializa ao valor de R$ 40 o quilo. “Cada caixa pode render de 500g a um quilo de mel por safra, sendo que só colho o elaborado pela variedade Jataí”, afirma.

Além da Jataí, estão sendo demonstradas, no local, outras espécies como Mandaguari, Tubuna, Mandaçaia e Mirim-Preguiça. “Quando era guri, foi o trabalho com a Mirim-Preguiça que me motivou a começar esse tipo de produção”, recorda. Na parcela, por meio de palestras e atividades técnicas, estão sendo repassadas informações sobre espécies mais adequadas de acordo com a região, tipos de caixas, manejo, entre outros. “A presença do Flávio aqui conosco, é um acréscimo na hora da conversa com os agricultores interessados em saber mais sobre o tema”, destaca o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, e coordenador da parcela Sanderlei Pereira.

No local também está sendo desenvolvido um trabalho em parceria com uma empresa que produz e utiliza o bambu como matéria prima para a construção de móveis e na construção civil. “O bambu também possibilita a integração com as abelhas, já que elas servem como isca e também como ninho para as abelhas nativas que, como se sabe, costumam construir suas ‘casas’ em ocos de árvores, o que pode garantir a diversidade biológica e o aumento de sua população”, explica o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar Vilson Pitton.

 

Fonte: Emater

Fotos: Tiago Bald