A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Tatsch recém foi inaugurada em São Sepé e já apresentou problemas. Com a forte chuva da última sexta-feira, 26, funcionários e usuários enfrentaram transtornos por conta de alagamento, impossibilitando que os serviços fossem prestados.
Passavam das 13h da tarde quando o vereador Tavinho Gazen (PDT) foi chamado por funcionários da unidade para que alguma providência fosse tomada. Ao chegar no local, o parlamentar constatou os problemas.
A forte chuva que atingia o município naquele dia provocou o alagamento da unidade. A água entrou pela canalização que abriga a fiação elétrica do local e pôs em risco de choque elétrico quem estava na unidade. Havia água acumulada em uma das salas, onde está localizada a cadeira odontológica, e em um espaço onde fica um compressor de ar.
“Haviam fios desencapados, emendados com fita isolante e boiando na água”, relata. Diante disso, um funcionário da Prefeitura compareceu no local e alertou sobre o perigo da situação.
Gazen disse que instantes depois entrou em contato com o vice-prefeito Kéio Santos, que logo reconheceu o problema e determinou que a unidade de saúde fosse imediatamente fechada. Em função disso, e enquanto a situação é resolvida, os funcionários foram remanejados para o Ambulatório de Clínicas. Já o serviço de odontologia, que antes era prestado da unidade Tatsch, agora é feito no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
“Haviam pacientes aguardando atendimento. Eles foram liberados e explicado a eles para que fossem no Ambulatório de Clínicas procurar atendimento. O Kéio entendeu a gravidade do fato e junto comigo combinou que seria feito o fechamento da unidade e os funcionários liberados. Mas, segundo me informaram os funcionários, eles estão ‘acampados’ no ambulatório”, comenta Gazen.
O parlamentar chegou a ser enfático ao dizer que “poderia morrer gente eletrocutada” no local e que funcionários teriam avisado a Prefeitura que “desde janeiro vinha sendo alertado que fios estavam expostos e nada foi feito”. Ainda conforme o vereador, outro defeito foi constatado na obra. A pintura feita nas paredes internas do posto não permitem a lavagem ou desinfecção do local “por se tratar de um material de péssima qualidade”.
Até por volta das 16h de segunda-feira, 29, a unidade permanecia fechada e um aviso dizia o seguinte: “em caso de chuva os atendimentos serão realizados no Ambulatório de Clínicas. Motivo: problemas na rede elétrica”.
O que diz a Prefeitura
Em entrevista à Rádio Cotrisel nesta manhã, o prefeito Léo Girardello disse que a empresa responsável pela obra compareceu na manhã desta terça para consertar os defeitos na unidade de saúde. A expectativa, segundo o prefeito, é de que o local retome as atividades nesta quarta-feira, 1º de junho.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Ellwanger, reconheceu a gravidade do problema e salientou que a questão relacionada ao alagamento da unidade não deve mais se repetir. Ellwanger destacou que a empresa responsável pela obra tinha sido notificada diversas vezes nos últimos meses para que fossem verificados os problemas no local, mas não compareceu quando solicitada.
