Situação dos animais de rua é discutida na Câmara de São Sepé

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As Comissões de Segurança Pública e Saúde da Câmara se reuniram com representantes da União Sepeense de Proteção aos Animais (USPA) para juntos debaterem sobre a situação dos cães e gatos de rua no município. Jack Spencer, uma das protetoras que faz parte da USPA, relatou as dificuldades encontradas para conter a proliferação principalmente de cachorros em São Sepé.

De acordo com Jack, é muito importante que haja uma preocupação por parte do poder público com a causa. “Se nós pararmos de lutar, vão ver que é importante seguir trabalhando em cima disso”, afirmou ela que destacou também a clínica de castração de animais, inaugurada em 2015, em parceria com a prefeitura municipal. Aos vereadores, ela explicou que o espaço é referência no Rio Grande do Sul. “Temos algo que não sei se existe outro igual no estado, na época muitos prefeitos vieram conhecer a estrutura, mas infelizmente ainda não acordaram para a relevância deste projeto”, disse Jack.

O vereador Gilvane Moreira (PP) questionou sobre as atividades que vem sendo realizadas na clínica. Para ele, a ideia da reunião é saber como as protetoras vem buscando recursos para continuar trabalhando em prol dos animais. “Temos uma agenda positiva onde queremos ajudar estas pessoas que se dedicam a causa, pois é uma questão de saúde pública”, disse Gilvane.

Outra protetora presente na reunião, Laura Rodrigues, afirmou que a clínica atende por dia três castrações de fêmeas, mas o ideal seriam no mínimo 10, além dos machos. “Precisamos de parceiros que atuem de forma voluntária com as cirurgias, nós disponibilizamos toda a estrutura além dos medicamentos que são adquiridos pela Uspa, através de doações”, revelou Laura.

A vereadora Zilca Camargo sugeriu que fosse feita uma parceria com o Hospital Universitário Veterinário de Santa Maria. No entanto, já existe um contato inicial para que estudantes realizam estágios na clínica de castração. “Já fomos atrás e estamos esperando uma resposta do HUV”, afirmou Jack.

Entre as sugestões apresentadas pelas ativistas, para conter o aumento dos animais de rua, está a microchipagem dos cães que são castrados. “O custo da máquina gira em torno de mil reais, é um projeto ideal pois eles sairiam da clínica com um chip que ajuda a controlar a proliferação”, disse Jack.

Outro sonho revelado por elas, seria um “Castramóvel” que já existe em outras cidades e poderia realizar cirurgias nos bairros, atendendo aquelas pessoas que não podem transportar os animais até a clínica. “Não temos um carro que possa buscar e levar de volta os cães, porque a estrutura do local não permite que todos fiquem internados”, afirmou Laura.

O vereador Paulo Nunes (PSB) sugeriu que seja feito um estudo da Câmara com as protetoras, no sentido de criar uma legislação específica para a proteção dos animais em São Sepé. “Vamos juntos buscar alternativas para solucionar este problema, queremos ser parceiros dos voluntários que trabalham em prol desta causa”, afirmou o vereador.

Para as protetoras, o importante é que a discussão não fique apenas no papel. “Não queremos parar, mas precisamos do apoio e da colaboração de todos neste trabalho que fazemos de forma incansável, todos os dias da semana”, afirmou Jack.

 

 

Fonte: A.I. Câmara de São Sepé