São Sepé precisa construir 845 casas populares para suprir déficit habitacional

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O recente caso em que um empreiteiro contratado para realizar a obra de construção das novas casas populares da Avenida Marechal Idelfonso de Moraes, em frente ao Bairro Pontes, abandonou as atividades levantou uma questão. Quantas casas populares devem ser construídas para suprir o déficit habitacional existente em São Sepé?

De acordo com a Secretaria de Assistência e Habitação Social, dados referentes a 2010 mostram que o município precisa construir 845 novos domicílios para suprir a demanda.

Há exemplos de pessoas que moram em casas sem banheiro, em barracos, localizadas em áreas com situação de risco, ou porque não têm condições de construir ou adquirir um lar de qualidade. Com a construção das 50 novas casas, já em andamento, a demanda diminuirá.

Para minimizar um pouco este problema, por exemplo, a Ação Social da Paróquia Nossa Senhora das Mercês realiza campanhas de compras de materiais de construção para construir imóveis ou peças para famílias carentes que estão em situação de vulnerabilidade social. Há casos em que moradores não possuem banheiro na residência, ficando expostos a doenças e falta de higiene.

Na última viagem feita a Brasília, o prefeito de São Sepé, Léo Girardello, esteve no Ministério das Cidades reforçando o pedido e solicitando a construção de 120 novas casas populares. O pedido deve ser analisado e já encontra-se em tramitação.

 


Dados de 2012 apontam redução no déficit habitacional no Brasil

Dados divulgados por uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que houve uma diminuição no déficit habitacional no país. Naquele ano, o estudo mostrou que a carência de residências era de 10% do total dos domicílios brasileiros registrados em 2007. Em 2012, o índice caiu para 8,53% o que representa 5,24 milhões de residências em todo país.

Segundo IPEA, houve queda, tanto em termos absolutos quanto relativos, no que diz respeito à precariedade (rústicos ou improvisados), à situação de coabitação (famílias conviventes com a intenção de se mudar ou residentes em cômodos) e ao adensamento excessivo em imóveis locados (àqueles com mais de três habitantes utilizado o mesmo cômodo).

Em 2012, 73,6% do déficit era composto por domicílios com famílias que possuíam renda de até três salários mínimos, ante 70,7% em 2007. A redução foi em torno de 3%.

 


 

Estimativa é feita com base em quatro componentes

Ainda conforme o IPEA, o cálculo do déficit habitacional está na Nota Técnica Estimativas do déficit habitacional brasileiro (PNAD 2007-2012), de autoria dos pesquisadores do Ipea Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado – diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea – e Cleandro Krause.

Para fazer a estimativa os técnicos do Instituto utilizaram uma metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro (FJP), em que o déficit habitacional é constatado quando há pelo menos um de quatro componentes: habitações precárias, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento excessivo em domicílios locados.