Saiba “Por Onde Anda” o sepeense Basilio Siqueira Vaz

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A participação nesta semana no quadro “Por Onde Anda, Sepeense?” é do sepeense Basilio Siqueira Vaz.

“O Sepeense” lembra que este espaço vale também para aqueles e aquelas que não nasceram em São Sepé, mas que de uma forma ou de outra possuem ligações com o município e se sentem sepeenses de coração.

Quer participar do quadro? Envie um e-mail para redacao@osepeense.com


 

Trajetória

Nasci e cresci em São Sepé, onde estudei, primeiramente na E.E. Clemenciano Barnasque, entre os anos de 1981 e 1984, depois no Colégio Madre Júlia, entre 1985 e 1988, e, finalmente, no CESS, de 1989 a 1991. Em 1992, após a morte de meu pai, passei a trabalhar na Cotrisel, primeiramente no Depósito no Supermercado e depois no Setor de Consumo, onde permaneci até Dezembro de 2000.

No ano de 1997 iniciei a Faculdade de Direito na URCAMP de São Gabriel e conciliava o trabalho, as viagens diárias e as aulas da Graduação. Em 2001 me casei com Eliane Bianchin Saraiva, também sepeense, em 2002 concluí a Faculdade de Direito e depois de um período difícil, dividido entre alguns trabalhos temporários em São Sepé e Santa Maria e a luta para ser aprovado no Exame da OAB, finalmente, em 2005, a convite de um amigo, mudei-me para Porto Alegre e em seguida para o município de Cachoeirinha, onde resido até hoje.

No ano de 2010 prestei concurso para o cargo de Escrivão da Polícia Civil, cargo que passei a exercer em setembro de 2012. Desde então exerço a atividade policial na Primeira Delegacia de Polícia de Cachoeirinha. Em Cachoeirinha, tivemos dois filhos, Pedro e Rafaela, com 7 e 3 anos de idade, respectivamente.

 

O que lhe motivou a sair de São Sepé?

Saí de São Sepé pelo mesmo motivo que muitos jovens ainda hoje saem do interior. Vim em busca de novas oportunidades e de crescimento profissional, primeiramente com o pensamento voltado para a advocacia. Sendo que minha esposa também buscava crescimento profissional. Hoje, ambos somos funcionários públicos, sendo que ela trabalha na rede de ensino da Prefeitura Municipal de Cachoeirinha.

 

Tem saudades de São Sepé?

Sempre que posso vou a São Sepé, no mínimo seis vezes por ano. A saudade é uma companheira constante, porque em São Sepé estão nossas raízes. Pais, amigos. Na “cidade grande” a gente é muito solitário, embora em quase 12 anos, já tenhamos uma vasta rede de amigos, as pessoas daqui não sabem da nossa história, dos nossos gostos, do nosso jeito. São Sepé é a nossa casa, o nosso chão.

 

Pretende ainda voltar algum dia, quem sabe para morar?

Com certeza! A vontade de voltar também é constante, porém como minha esposa é funcionária da Prefeitura de Cachoeirinha, nossa volta está dificultada. O meu caso é mais fácil, uma vez que sou funcionário do Estado do Rio Grande do Sul, posso pleitear uma remoção.

 

O que acha de São Sepé?

São Sepé evoluiu bastante desde a época em que vim embora. Hoje os jovens têm mais oportunidades, mas ainda deixa muito a desejar. Vejo o município como um lugar para quem já tem a sua estabilidade financeira e profissional.

Na minha opinião falta aos gestores públicos e privados buscar investimentos para a cidade. O município é vasto e estrategicamente colocado no centro do estado, é metade do caminho entre fronteira e capital e entre a Serra e o Porto de Rio Grande, é cortado pelas duas principais estradas federais do estado, tem forte potencial agroindustrial, e tudo isto é pouco explorado. Além disso, tem recursos humanos de primeira qualidade que muitas vezes, por falta de oportunidade, acabam deixando a cidade em busca de crescimento profissional.

Mas a pesar de tudo isso, amo esta terra e pretendo em breve voltar, pois, como diz o poeta Celso Souza: “Quando o homem ultrapassa seus limites, como as plantas, perde a força na raiz”!