Primeiros exames da UFSM na água de Santa Maria não encontraram contaminação

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Os primeiros exames feitos pela UFSM em oito amostras de água da Corsan em Santa Maria deram negativo para a presença de contaminação por toxoplasmose. Segundo Sílvia Gonzales Monteiro, professora de parasitologia veterinária da UFSM e coordenador do Laboratório de Parasitologia Veterinária, as amostras foram coletadas em oito residências da cidade, na quinta-feira, no ponto de chegada da água na casa (não passa pela caixa d’água), e os resultados foram de que a água é de boa qualidade. Mais coletas serão feitas para a continuidade dos exames.

Até agora, a Corsan não coletou água da estação de tratamento e de reservatórios para análise da presença ou não do protozoário. Até segunda-feira, a coleta deve ser feita e enviada para a Universidade de Londrina, no Paraná. Além disso, a UFSM deve fazer novas análises de mais coletas de amostras de água enviadas pela Corsan para saber se ela é segura para ser consumida. Ainda não há informações sobre quando começarão e quanto tempo levará para os exames ficarem prontos.

Segundo Sílvia, é mais provável que a contaminação não seja pela água da Corsan, pois seria preciso que muitos gatos doentes e imunodeprimidos defecassem em algum reservatório para que houvesse a contaminação, já que gatos com boa imunidade não expelem o protozoário pelas fezes. Ela acredita ser mais provável que as pessoas contaminadas por toxoplasmose tenham se contaminado pela ingestão de carne malpassada e contaminada, ou por vegetais crus:

“Em propriedades rurais, é comum gatos defecarem e enterrarem as fezes. Daí o produtor vai plantar a verdura e ela pode se contaminar. Ou o gado vai comer a grama, se infecta e acaba ficando com a carne contaminada”, disse ela.

 

Força tarefa

Em reunião no final da manhã desta sexta-feira, entre o reitor da UFSM, Paulo Burmann, diretores da Corsan e representantes da prefeitura, ficou definido que a Universidade Federal de Santa Maria vai criar uma força-tarefa para ajudar as autoridades do município e do Estado a descobrir a origem da contaminação que provocou o surto de toxoplasmose na cidade.

Segundo a reitoria, professores e pesquisadores de laboratórios e dos cursos de Engenharia Ambiental Sanitária, Química, Microbiologia e Biologia, além de médicos infectologistas do Hospital Universitário, irão trabalhar em conjunto.

 

 

Fonte: Diário de Santa Maria