A revista ISTOÉ divulgou os detalhes da delação premiada do Senador Delcídio Amaral (PT-MS) onde o político cita à Procuradoria-Geral da República a participação de líderes na Operação Lava Jato e em outras ações como o caso da refinaria de Pasadena. Ele citou vários nomes, entre eles o da Presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ainda detalhou os bastidores da compra da refinaria pela Petrobrás. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.
No depoimento de 400 páginas, Delcídio acusou a presidente Dilma Rousseff de atuar três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na delação, segundo a revista.
Após vir à tona a revelação da delação, a presidente Dilma Rousseff mudou sua agenda e convocou os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e o agora ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para preparar uma estratégia de resposta do Governo.
Nesta fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro. Desde que saiu da prisão, Delcídio nega ter feito delação premiada.
*Fonte: Estadão / Foto: reprodução