O governo do Estado anunciou na sexta-feira, 13, a quitação total dos salários dos servidores. Com isso, a Polícia Civil, que estava paralisada há cinco dias, decidiu encerrar a greve em todo o Rio Grande do Sul.
Segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia do Rio Grande do Sul (UGEIRM), a adesão à greve foi de praticamente 100% da categoria. Em São Sepé e Vila Nova do Sul, por exemplo, os policiais cruzaram os braços como forma de protesto ao não pagamento dos salários.
“Por todo o estado, os(as) Policiais Civis paralisaram as atividades e foram para as ruas conversar com a população, explicando os motivos da greve e a situação da segurança pública gaúcha. Em várias cidades foram realizados atos públicos, para chamar a atenção para o movimento grevista. Casos como o de Santa Maria, onde os(as) agentes fizeram uma doação coletiva de sangue ao hemocentro da cidade, ou de Santana do Livramento, onde os(as) grevistas foram para a Universidade coletar assinaturas para o abaixo-assinado de apoio à greve, tiveram grande repercussão”, destacou o sindicato.
Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, a categoria mostrou sua capacidade de luta. “Fazer uma greve não é fácil, as situações complicadas acontecem a todo momento. Nós que estamos acostumados a atender a população diariamente, sabemos como é difícil dizer para uma cidadã ou um cidadão, que não vamos registrar uma ocorrência. Por isso, em nome de todas(os) Policiais, quero agradecer a compreensão e o apoio da população à nossa greve. Todo esse esforço e essa luta da categoria foi vitoriosa e conseguimos que nossos salários fossem pagos antes do previsto. Além dos salários, nosso movimento conseguiu com que o governo reconhecesse nossas aposentadorias, além de outras reivindicações. Agora é continuarmos atentos e mobilizados. O governo já sabe que, caso não pague nossos salários, a reação será imediata. Vamos manter nossa mobilização, para conquistarmos as promoções e nossos salários em dia”, destacou.
